O aumento das tarifas nas praças de pedágio de Venâncio Aires e Candelária – de R$ 5,20 para R$ 7,00 para veículos de passeio, entre outros valores –, que entrou em vigor há duas semanas, veio acompanhado da promessa de uma série de obras no trecho da RSC-287 que corta a região. Com a nova estimativa orçamentária, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) se comprometeu a investir R$ 208,7 milhões no percurso de 148 quilômetros durante os próximos seis anos.
São 16 itens a serem cumpridos, entre procedimentos permanentes e obras específicas. Somente no ano que vem, as melhorias devem totalizar R$ 19,4 milhões entre Tabaí e Santa Cruz – trajeto referente à praça de Venâncio – e mais R$ 16 milhões entre Santa Cruz e Paraíso do Sul, área de abrangência da praça de Candelária. De acordo com o presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, os investimentos prometidos estão dentro das possibilidades atuais. “Não adianta pensar em uma situação ideal, porque não vai ter dinheiro para isso. Precisamos pensar dentro na realidade gaúcha”, comentou.
Entre Tabaí e Santa Cruz, a prioridade é a conclusão do viaduto do trevo Fritz e Frida e a duplicação de 4,2 quilômetros de pista entre a Avenida Melvin Jones e o posto do Pelotão Rodoviário. As obras, que começaram em 2015, devem ser finalizadas em dezembro deste ano a um custo atualizado de R$ 27 milhões. Com 80% do projeto executado, a construção está na fase de aterro das rampas. A duplicação entre a Melvin Jones e o Fritz e Frida já está concluída e a outra metade deve ser entregue junto com o viaduto. A próxima obra será a ampliação da praça de pedágio, que passará de seis para 12 pistas e deve ter início quando o viaduto estiver finalizado. Conforme Nunes, já há uma empresa contratada para executar a parte da pista e outra para elaborar o projeto arquitetônico das cabines. O valor final da obra ainda depende da conclusão desses projetos, mas a EGR estima um investimento entre R$ 600 mil e R$ 700 mil.
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Já entre Santa Cruz e Paraíso do Sul, o aumento de capacidade da rodovia é considerado prioridade. A obra ainda está na fase de elaboração do projeto e consiste na implantação de terceiras faixas e melhorias no acostamento do trajeto de 72 quilômetros. Segundo Nunes, a opção pelas terceiras pistas é a mais barata. “A duplicação exige canteiro central e um amplo acostamento, o que deixa a obra mais cara e demorada”, afirmou.
A terceira faixa será construída nos dois lados da pista em diferentes trechos, mas sempre de forma alternada, ou seja, ficando em alguns pontos na pista da direita e em outros na pista da esquerda. Nunes destacou que a ampliação não deve ser concluída de uma vez só, mas executada por partes até 2023.
Recuperação funcional da rodovia
Consiste em operações de tapa-buracos, recapagem, melhorias de drenagem e fresagem da rodovia. As intervenções já estão em andamento e devem ser realizadas de forma contínua até 2023, totalizando R$ 78 milhões.
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Renovação da sinalização
Manutenção, restauração e implantação de placas, sonorizadores, olhos-de-gato e pintura constante. Já existe uma empresa contratada para fazer o projeto e outra para executar. As placas devem começar a ser colocadas até o fim do ano. O investimento entre 2017 e 2018 é estimado em R$ 25 milhões para todas as rodovias de domínio da EGR.
Inspeção e recuperação das obras-de-arte
Vistoria e restauração de pontes, pontilhões e viadutos ao longo da rodovia. De acordo com a EGR, a fase de inspeção visual já está em execução, mas nenhum problema foi constatado até o momento. O valor total investido vai depender de possíveis orçamentos individuais para cada estrutura. O pontilhão reconstruído este ano no quilômetro 153 da RSC-287, entre Candelária e Novo Cabrais, por exemplo, custou R$ 750 mil. A rodovia conta com 23 dessas estruturas entre Tabaí e Paraíso do Sul.
Construção de novas interseções
Adequação e implantação de novos trevos e rótulas nos acessos à rodovia. Há apenas um ponto definido até o momento, entre Candelária e Novo Cabrais. No local há uma rótula aberta que se tornará fechada. Os demais pontos serão avaliados de acordo com o número de acidentes e volume de tráfego. Não há orçamento previsto ou prazo para começar.
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Implantação do sistema de videomonitoramento
Vai funcionar em parceria com outros órgãos de segurança e contará com câmeras em pontos estratégicos, como cruzamentos e as praças de pedágio. Está em fase de projeto e vai começar no ano que vem pela Região Metropolitana. Serão contempladas inicialmente as praças de Portão, Campo Bom e Viamão. Não há previsão de quando o Vale do Rio Pardo receberá a novidade.
– Abrangência: 72,030 quilômetros entre Santa Cruz e Paraíso do Sul
– Total de obras prometidas: 7
– Volume de tráfego: média de 230 mil veículos por mês
– Receita estimada até 2023: R$ 136.809.593,00
– Despesas com administração, arrecadação e serviços: R$ 5.747.280,00 por ano
– Total investido no trecho até 2023: R$ 85.479.573,00
PRINCIPAIS OBRAS PREVISTAS:
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Aumento de capacidade entre Santa Cruz e Paraíso do Sul
Consiste na implantação de terceiras faixas nos dois lados da pista em diferentes trechos da rodovia, sempre de forma alternada. A ampliação ainda está em fase de projeto e não deve ser concluída de uma vez só, mas executada por partes até 2023. O valor investido deve ser revelado com a conclusão do projeto.
Recuperação estrutural entre Santa Cruz e Paraíso do Sul
Ao contrário da recuperação funcional, o restauro estrutural mexe na base da rodovia. Conforme a EGR, essa obra depende de recursos além da receita da praça de pedágio e deve ser uma das mais lentas. Não há previsão de início ou custos.
– Abrangência: 76,620 quilômetros entre Tabaí e Santa Cruz do Sul
– Total de obras prometidas: 9
– Volume de tráfego: média de 350 mil veículos por mês
– Receita estimada até 2023: R$ 208.672.635,00
– Despesas com administração, arrecadação e serviços: R$ 5.636.000,00 por ano
– Total investido no trecho até 2023: R$ 123.306.817,00
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PRINCIPAIS OBRAS PREVISTAS:
Aumento de capacidade da rodovia entre Tabaí e Venâncio
A intervenção é idêntica àquela que será realizada entre Santa Cruz e Paraíso do Sul, com implantação de terceiras faixas de sentido intercalado. A obra está em fase de projeto e não tem previsão para começar.
Aumento de capacidade da rodovia entre Venâncio Aires e S. Cruz
Semelhante aos demais aumentos de capacidade previstos, o diferencial no trecho de 20 quilômetros será o número de pistas, que passa de três para quatro, em razão do intenso volume de tráfego. A obra também está sendo projetada e não tem previsão de início e custos.
– Veículos de passeio e utilitários, com 2 eixos – R$ 7,00
– Veículos comerciais com 2 eixos – R$ 8,20
– Veículos comerciais com 3 eixos – $ 12,40
– Veículos comerciais com 4 eixos – R$ 16,50
– Veículos comerciais com 5 eixos – R$ 20,70
– Veículos comerciais com 6 ou mais eixos – R$ 24,90
– De passeio e utilitários, com 2 eixos e reboque com 1 eixo – R$ 10,50
– De passeio e utilitários, com 2 eixos e reboque com 2 eixos – R$ 14,00
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