Com o verso da canção de Juan Daniel Isernhasen e Juliano Moreno, o amor dos sobradinhenses Aline Lisbôa e Anderson Mateus da Silva foi abençoado no sábado, 10 de setembro, na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Navegantes, em Sobradinho. O casal que está junto há três anos, mas se conhece desde à infância, não poderia imaginar cerimônia diferente da realizada.

Desde a chegada na Igreja, montados a cavalo, passando pelos trajes típicos da indumentária gaúcha, às músicas de entrada até o altar, tudo foi pensado para lembrar às tradições do Rio Grande do Sul.
Segundo os noivos, ambos de 29 anos de idade, a data do casamento surgiu de uma conversa com o padre Matheus Venturini, o qual sugeriu que a celebração ocorresse durante a Semana Farroupilha. Foi assim que a união foi agendada, antecipando-se apenas um fim de semana, para que noivos e convidados pudessem abrir as festividades deste mês importante para os gaúchos e, em particular, para eles. “Adiantamos o fim de semana pois queríamos comemorar dentro do CTG Galpão da Estância e sem atrapalhar o andamento das festividades. E foi bom, pois assim começamos com festa e terminaremos com festa”, salientam.

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Conforme conta Anderson, todos os detalhes tiveram a contribuição de pessoas especiais para o casal, que se empenharam para fazer desta uma memória para toda a vida. Neste sentido, além de a maior parte dos convidados comparecer à cerimônia em trajes gaúchos, os homens deixaram bigode para acompanhar o noivo. “Para mim foi um grande presente ter todos eles pilchados e deixando o bigode. Foi tudo inesquecível. Parece que a ficha de tudo o que aconteceu ainda não caiu”, frisa Anderson.

Os companheiros do dia a dia e do laço, a égua Tubi e o cavalo Basco, foram os responsáveis por levá-los até a frente da Igreja, onde os convidados aguardavam para recepcioná-los. Anderson e Aline entraram na Igreja acompanhados dos pais, e até dançaram em frente ao altar, dando início a uma celebração no melhor estilo campeiro.

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Damas e pajens, prendinhas e peões, também deram show ao ingressar na Igreja, mostrando que a tradição tem sido passada de geração para geração. E é de fato esta a mensagem que o casal busca passar. “É uma forma de estimularmos que o tradicionalismo não se detém somente a estar em uma pista de rodeio ou dentro de um CTG, é tornar o teu dia a dia, as ações que tu faz, trazendo o tradicionalismo para dentro disso, não viver o tradicionalismo somente na Semana Farroupilha”, frisa Anderson.
Entre as surpresas, o noivo ensaiou com amigos a canção “Aleluia”, uma homenagem à noiva e, ao final da cerimônia, a presenteou com um carro. “Foi uma cerimônia muito linda, todo mundo se emocionou. E, ao final, achei que iríamos para o CTG a cavalo, mas o Anderson me presenteou com um Fiat 147 vermelho. Para mim foi a realização de um sonho”, ressalta Aline.

Vivenciando o tradicionalismo muito forte em sua família, a noiva dançou durante anos em invernada artística e hoje é laçadora, assim como Anderson, que apesar de ter se aproximado do tradicionalismo já na adolescência, busca ressaltar a paixão pelo estado no dia a dia. “O tradicionalismo é nossa vida, nossa essência, então não poderia ser diferente nosso casamento. É uma forma de difundir a tradição”, frisa.

Cada música tocada na Igreja e no início da festa tinham um significado especial para o casal, o qual destaca ainda a participação no Movimento EMAÚS como um elo que fortaleceu à relação. “O que importa é o sentimento e que Deus está presente na vida da gente, principalmente na vida do casal, está sempre junto, guiando, protegendo. E tivemos no nosso casamento outro pedido de casamento, de um dos nossos casais de padrinhos. Muita gente se animou, falando que ficaram com vontade de casar. Tomara que a gente influencie outros casais. A gente recomenda”, salientam.

“Para nós é o nosso amor campeiro. Para nós é o mais lindo também”

Aline e Anderson

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