Em meio às notícias e divulgações de casos assustadores de violência e corrupção, há poucos dias foi assunto a morte do cantor de muitos nomes, mas que era conhecido por Belchior. Desde comentários informais até variados programas de televisão, principalmente em telejornais, todos queriam prestar uma homenagem ao cantor que marcou época, com suas letras poéticas, recheadas de mensagens políticas.
Desaparecido nos últimos dez anos, não só como compositor e cantor, o que é muito comum no meio artístico, mas, também, fisicamente, com poucas aparições furtivas nesse período, o cantor foi encontrado sem vida, na madrugada do dia 30 de abril, na casa onde morava anonimamente, até para vizinhos, com sua companheira, em Santa Cruz do Sul.
Autor de vários sucessos musicais, nas décadas de 1970 e 1980, é destaque a música “Como nossos pais”, cantada por ele e eternizada pela interpretação vigorosa, impar, de Elis Regina. Lá pelas tantas, na letra da referida canção, o autor diz que “apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos e vivemos como nossos pais”. A lembrança da música vem porque vivemos numa época em que mudanças acontecem, de uma maneira ou outra, em velocidade cada vez maior, em todas as áreas de nossa vida. Entretanto, pelo menos numa delas – a financeira -, apesar das mudanças de mercado, ainda continuamos fazendo como nossos pais.
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A falta de conhecimento e experiência nos levam a pedir orientação e informações para pessoas nas quais confiamos e acreditamos terem os melhores conselhos. Geralmente, as primeiras pessoas a quem recorremos, não só para pedir alguma ajuda financeira como orientação nessa área ou em outras, também, são nossos pais.
A maior parte deles são verdadeiros heróis que merecem nossa confiança pois sobreviveram a situações muito mais complicadas que as atuais. Mas, o que parece ser o melhor, pode tornar-se um problema. Como eles também não tiveram acesso a instruções específicas, até porque na época não existiam e o assunto dinheiro e finanças pessoais era um tabu, continuamos distantes de ter uma cultura de educação financeira.
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Afinal, com as mudanças que aconteceram nesses anos no país, aquilo que era natural há algum tempo, nos dias atuais pode não fazer mais sentido. Por exemplo, naquele tempo, o acesso aos bancos era seletivo e os investimentos se reduziam à caderneta de poupança; os que possuíam um pouco mais de dinheiro, investiam em imóveis.
Durante o governo Lula, o Brasil experimentou um crescimento econômico que, hoje, sabemos que não foi sustentável e que, já no primeiro governo de Dilma, começou a ruir. Existindo uma demanda por consumo reprimida, com o governo incentivando a aquisição de bens duráveis – desoneração de impostos para alguns segmentos econômicos e liberação de linhas de crédito especiais -, as pessoas começaram a comprar.
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Com crédito fácil, mas caro, e sem qualquer planejamento, o resultado foi um grande endividamento das pessoas e famílias. Teria sido o momento ideal para começar a interessar-se pela educação financeira. Mas, não foi dessa vez.
Então, está passando da hora de mudar e fazer melhor que nossos pais. Já existem inúmeras iniciativas, no Brasil, visando oferecer educação financeira aos adultos e, proativamente, para as crianças que serão os futuros consumidores do país. A DSOP Educação Financeira dispõe de produtos e serviços financeiros que atendem às necessidades, tanto de adultos, muitas vezes enrolados em questões financeiras, quanto a crianças poderão preparar-se melhor para lidar com o dinheiro, no futuro.
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A orientação é observar a economia e começar a entender as transformações que tem surgido nos últimos anos, deixando de ser alguém que entrega tudo ao destino, à sorte ou à vontade de um ser superior. No Brasil, em particular, estão sendo discutidas reformas, principalmente a Trabalhista e a Previdenciária que impactarão nossas vidas. A reforma trabalhista vai trazer uma série de mudanças para o mercado de trabalho.
Já a reforma da previdência vai exigir que as pessoas trabalhem alguns anos a mais até se aposentarem. Essas reformas podem até não sair neste momento, em decorrência da grave crise política por que passa o país. Mas, serão inevitáveis, num futuro próximo e, certamente, mais rigorosas. Por isso, é prudente interessar-se pela educação financeira para melhor conduzir suas finanças pessoais e familiares.
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