A posição contrária da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) sobre a proposta do executivo estadual de aumentar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi apresentada pelo presidente da entidade, Heitor José Müller, ao governador José Ivo Sartori, nessa quarta-feira, 19, juntamente com representantes das Federações das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio) e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL).
De acordo com o presidente da Fiergs, a análise histórica das ações de aumento de impostos mostra que isso reduz o consumo, a produção e o Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, segundo o industrial, a medida refletirá em menos empregos. “Nos últimos 20 anos, a arrecadação do Rio Grande do Sul – descontada a inflação – cresceu 145%. Nesse mesmo período, o PIB do Estado cresceu apenas 56%, e a indústria gaúcha cresceu menos ainda, 28%. O tamanho do Estado não cabe mais no PIB do Rio Grande do Sul. Temos que pensar em aumentar o PIB ou diminuir o tamanho do Estado”, afirmou Müller, no encontro realizado no Palácio Piratini.
O projeto de aumento de impostos deve ser enviado nessa semana pelo governador à Assembleia Legislativa. Pela proposta, o ICMS base passará de 17% para 18%, enquanto para as alíquotas especiais, a expansão seria de 25% para 30%. “A elevação de tributos prejudicará ainda mais a competitividade das empresas localizadas no Estado, especialmente o setor industrial, cujo desempenho vem desacelerando há 15 meses ininterruptos”, destacou Müller. Ele ressaltou ainda que essa medida não resolverá o déficit do Estado, pois o potencial máximo de aumento de arrecadação deve ficar entre R$ 1,3 bilhão e 1,9 bilhão. “Em qualquer um dos casos, o acréscimo de arrecadação cobrirá de 24% a 35% do déficit estimado para 2015, que chega a R$ 5,4 bilhões”, avaliou o presidente da Fiergs.
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