A expectativa para 2022 é de ampliação dos investimentos no Rio Grande do Sul. Pelo menos, essa é a projeção do secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Edson Brum (MDB), em entrevista concedida ao comunicador Ronaldo Falkenback na manhã dessa segunda-feira, 28, no estúdio da Rádio Gazeta FM 107,9. O rio-pardense avaliou 2021 de forma positiva, dando enfoque às ações de desburocratização.
De acordo com Brum, foi um ano de agenda intensa, focada na criação de um ambiente favorável ao empreendedorismo urbano e rural no Estado. “No primeiro semestre, começamos a trabalhar na mudança de leis”, recorda. Exemplifica com as alterações dos parâmetros do Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS) e do Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial (Proedi), e de questões específicas, como a facilitação da importação de milho e da produção de aço para silos. “O preço do milho teve uma grande elevação e acaba encarecendo para quem produz alimentos, especialmente o pessoal do leite, frango e suíno. Também fizemos o diferimento para o aço dos silos, que são usados pelas cooperativas, empresas e agricultores”, destacou. Disse que empresas poderiam deixar o Estado caso a medida não fosse tomada.
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Outra ação que teve a atenção do governo estadual, relatou o secretário, foi o decreto sobre o e-commerce, que resultou na atração de organizações como a Amazon e a Magalu e o desenvolvimento do setor entre empresários gaúchos. “Empresas como o grupo Taqi puderam ter maior volume de vendas pela internet. Isso é fundamental, porque a evolução da compra pela internet foi gigantesca durante a pandemia”, comemorou.
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Alterações na tributação, como o fim do imposto de fronteira, que era de 6%, foram consideradas atrativas para que empreendedores ampliassem o interesse em aplicar no Rio Grande do Sul. Brum elencou casos como a JBS, que está investindo R$ 1,7 bilhão nas unidades gaúchas, incluindo a Excelsior, de Santa Cruz do Sul; a BRF, com R$ 350 milhões aplicados, e a Celulose Riograndense, com R$ 2,5 bilhões, gerando 7 mil empregos na fase de construção. “Disputamos com a Stihl chinesa a construção de uma nova unidade, em que a empresa alemã irá produzir equipamentos como motosserras e cortadores de grama, que eram a combustão e serão elétricos. E ganhamos”, contou. Serão gerados mais 900 empregos diretos.
Creditando o que considera sucesso de 2021 às ações de desburocratização e à coragem dos empreendedores das áreas urbana e rural, o secretário do Desenvolvimento Econômico adianta que o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho – soma de tudo que é produzido – deve ser superior ao dobro do que será apurado no Brasil.
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Edson Brum projeta ampliação em investimentos no próximo ano, com a divulgação de informações sobre os mecanismos de incentivo do Estado e contato com empresas potenciais. “Em janeiro, irei aos Estados Unidos na busca de duas empresas – uma na área de tintas e outra de garrafas”, adiantou. Entende que a presença das organizações gaúchas em eventos internacionais é outra medida fundamental para ampliar os resultados.
Por isso, o governo tem incentivado com a criação de espaços em feiras, como foi na Alemanha, Dubai, Espanha e França. Logo, nos Estados Unidos, haverá uma feira de equipamentos para indústrias de frangos, suínos e leite, com exposição e venda por empresas gaúchas. Exemplo de que esse tipo de iniciativa é positiva, entende Brum, é a Divine Chocolates, de Encantado, no Vale do Taquari. Eles participaram de uma feira e atualmente exportam para a América do Norte e Emirados Árabes, com a necessidade de dobrar a planta.
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O secretário acredita que, com a ampliação da vacinação contra a Covid-19, a economia deve retomar o crescimento. É receoso, no entanto, quanto à realização de alguns eventos, como o Carnaval. “Não adianta colocar dinheiro nos hospitais e depois lotar os hospitais. Então, minha opinião é de que não deveríamos ter Carnaval, porque gera muita aglomeração”, opinou.
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O Fundopem/RS, afirmou Edson Brum, tem gerado interesse de empresas nacionais e internacionais para investimento. Estão em andamento 125 adesões, sendo 17 de Santa Catarina, quatro do Paraná e duas de São Paulo. Devem aproveitar as alterações, que fazem com que o abatimento no valor do ICMS alcance até 58%. “Antes, era só pelo número de empregados; agora, se usar energia solar, pode chegar a 38%; dependendo do número de vagas, 48%; se usar matéria-prima 100% comprada no Rio Grande do Sul, 58%”, elencou.
Para as pequenas empresas do comércio, Brum apontou a criação de linhas de crédito no Badesul e a instituição do seguro RS Garante, em que o Estado serve como garantidor para financiamento de até R$ 180 mil, em parceria com o Sebrae. “Dessa forma, muita gente buscou recurso para a retomada econômica. Entre as empresas que abriram e as que fecharam em 2021, tivemos um saldo positivo de 174 mil empresas. Estamos retornando aos números de 2019”.
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