Já virou prática. A funcionária pública Jonara Raminelli, 36 anos, se antecipa e antes mesmo da virada do ano corre para adquirir o material escolar da filha Júlia, 14, com mais economia. Se antes ficava de olho nos murais do Colégio Mauá que exibiam ofertas de troca, venda e doação de livros didáticos, agora se organiza com outras mães para negociar a aquisição das obras. “Só com esse hábito economizei mais de R$ 1 mil”, comemora.
A prática de Jonara vai ao encontro de uma ação executada também na Escola Educar-se. Além de uma feirinha de uniformes – que não envolve dinheiro, apenas uma moeda especial criada pela própria instituição –, também é recorrente a aquisição de livros usados. Por lá, a orientadora educacional Caroline Kipper de Lara auxilia as mães a fixarem um preço justo para cada uma das obras já utilizadas pelos filhos. “Essa iniciativa também faz parte de um projeto que vai além da economia e alcança a sustentabilidade”, complementa.
Outra ação adotada há cerca de três anos pelas turmas dos anos iniciais é a compra coletiva de material escolar. Segundo Caroline, no ato de entrega da lista, os pais são convidados a pagar uma taxa para a aquisição de utensílios que serão usados por toda a turma. Entre os itens estão folhas coloridas e tinta têmpera. “Se fossem comprar de forma individual, certamente o preço ficaria mais caro. Assim, em grande quantidade, conseguimos um bom desconto e ainda evitamos a compra de utensílios com personagens”, ressalta Caroline.
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Caroline Kipper de Lara orienta mães na venda dos livros usados.
Foto: Lula Helfer.
Já tem papelaria lotada
Gerente da Clipp Grafite, Jaqueline Freese afirma que, desde o fim de novembro, a papelaria já observa movimentação de pais em busca do material escolar. Para evitar filas e espera, a orientação é não deixar para as duas últimas semanas antes das aulas. “Nessa época é preciso pegar senha e encarar uma movimentação bem intensa aqui”, afirma. Entre as condições oferecidas pelo estabelecimento estão o desconto de 10% à vista e o parcelamento em até dez vezes.
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Ensinando a comprar (e poupar)
A oficial de Justiça Josiani Pacheco reservou a semana para ensinar os pequenos Lavínia, 9 anos, e Caetano, 8, a pesquisar. “Organizamos esse tempo para circular pelas papelarias e verificar onde os materiais estão mais em conta. É a primeira vez que faço isso e acho importante inseri-los nesse mundo.”
Antes de ir às compras, ela também fez questão de abordar o consumismo. “Não tem por que sempre comprar tudo novo. Conseguimos reaproveitar vários itens.” E Caetano, orgulhoso, corresponde. “A minha lancheira e mochila vou usar de novo.” Satisfeita, a mãe afirma que a dupla, prestes a ir para o 4° e 3° ano, já entende o que está muito caro ou mais acessível. “Eles anotam item por item. Depois avaliamos e decidimos onde comprar.”
Josiani Pacheco incluiu os filhos nas compras.
Foto: Lula Helfer.
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Terapeuta financeiro dá dicas
O terapeuta financeiro e autor do canal no Youtube Dinheiro à Vista, Reinaldo Domingos, explica que além de pesquisa, uma das dicas mais preciosas para a compra de materiais é tempo. Confira os conselhos!
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