Ainda que a ameça da Covid-19 persista, e siga requerendo medidas para evitar sua disseminação, os últimos dias ao menos trouxeram algum alento a uma sociedade em apreensão. No Estado, a gradativa flexibilização no atendimento em ramos de comércio e serviços amenizou um pouco a sensação de inquietude e promoveu o restabelecimento de um mínimo de normalidade.
O quadro, obviamente, não é, sob nenhum aspecto, tranquilo, mas é verdade também que a retomada na economia se fazia inadiável, não apenas para as empresas, e inclusive para a geração de tributos, com os quais, afinal, são custeadas as próprias ações e medidas na saúde. E se o novo decreto a ser emitido neste sábado pelo governador Eduardo Leite ainda trouxer mais alguma medida positiva para a região, em termos de abertura, a reta final de maio tende a conduzir a um melhor restabelecimento na força produtiva.
Em simultâneo, outro alívio veio sob a forma de chuva. A estiagem constituía um segundo (e não menos grave) drama. Como Santa Cruz do Sul pôde testemunhar, a ameaça da falta de água, com o esgotamento das reservas do Lago Dourado, era iminente. Com as chuvas verificadas desde quinta-feira, ao que tudo indica esse perigo está superado, embora já não seja possível reverter os estragos causados na agricultura.
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A verdade é que com a flexibilização nas atividades comerciais e de serviços e com a volta da chuva renova-se a determinação de caminhar para a normalidade. Esta não virá em dias ou meses, talvez requerendo anos de esforço coletivo, com empenho dos setores públicos e privados. Porém, como sugere a experiência advinda de momentos anteriores de crise, só há um jeito de dar a volta por cima: com trabalho. Com muito trabalho. Não de um, ou de alguns. Mas de todos.
E é claro que a região de Santa Cruz sempre trabalhou com grandes metas, grandes planos. Uma comunidade não chega a tal patamar de desenvolvimento e de qualidade de vida por acaso. Foi com objetivos e a união de forças para concretizá-los que marcas, produtos e serviços puderam ser projetados para o mundo. O momento atual exigirá dose extra de vigor, mas quem duvidaria de que a região é capaz desse desempenho?
Outra evidência desses dias é que, mais do que nunca, informação se torna essencial. Só há uma maneira de apresentar ao mundo, de forma transparente e confiável, o que se faz, o que se produz, o que se tem a oferecer. Não por acaso, no mundo todo há um sentimento de afirmação da comunicação tradicional, como o jornal (impresso e digital) e a rádio. É ali, no que é tradicional, porque possui “tradição”, que parece residir o segredo do sucesso no diálogo eficiente para os novos e desafiadores tempos. Para dar a volta por cima, é indispensável e fundamental informar, comunicar, estreitar laços com o público, o de perto e o de longe.
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Boa leitura, um ótimo final de semana, e saúde sempre!
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