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Para cumprir pena no semiaberto, Lersch precisa devolver dinheiro às vítimas

Condenado a cumprir nove anos e sete meses de prisão em regime fechado, nessa terça-feira, 28, o ex-vereador Paulo Lersch ainda poderá recorrer da decisão da juíza Luciane Inês Morsch Glesse. Além de solicitar a detração penal – fazendo com que o tempo de prisão preventiva de Lersch, que completa oito meses preso no próximo dia 5, seja contado para o regime fechado -, a defesa ainda poderá solicitar, após um período, que o ex-vereador passe ao regime semiaberto.

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Segundo o promotor de defesa comunitária, Érico Barin, a defesa de Lersch pode solicitar a progressão do regime fechado para o semiaberto após o cumprimento de um sexto da pena. Se a sentença de nove anos e sete meses for mantida, ele poderá solicitar a progressão de regime após cumprir pouco mais de dois anos. Considerando o fato de reverter o tempo de prisão preventiva para o regime fechado, o ex-vereador poderá passar ao regime semiaberto em maio do ano que vem.

Essa possibilidade, no entanto, pode não ocorrer. Conforme o promotor, quando a situação configura um crime contra a administração municipal, o réu precisa reparar o dano que causou ou devolver o produto ilícito praticado para obter a progressão de regime. “No caso de Lersch, ele precisaria restituir os valores às duas vítimas em questão”, observa Barin.

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O CASO

O ex-vereador de Santa Cruz do Sul, Paulo Henrique Lersch, foi condenado pelos crimes de concussão (obter vantagem com base na função que ocupa) e coação (ameaçar testemunhas), em decisão despachada nessa terça.

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Preso desde o dia 5 de junho de 2019 no Presídio Regional de Santa Cruz, Lersch foi alvo da Operação Feudalismo e acusado de se apropriar do salário de pessoas que eram contratadas para atuar junto ao gabinete dele ou indicadas para outras funções dentro da Câmara de Vereadores. A pena definida é de nove anos e sete meses de prisão em regime fechado.

Lersch, que chegou a presidir o Legislativo Municipal ao longo de 2017, ainda terá de pagar indenização que chega a R$ 62 mil para duas ex-servidoras que não recebiam o salário integral devido. Para a juíza, durante a investigação, ficou comprovado o esquema de apropriação dos valores por parte do então vereador.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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