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Para 80% das empresas, 2017 será um ano melhor

O tempo ruim que vem castigando a economia brasileira desde 2014 pode estar mesmo próximo do fim. Um levantamento realizado pela Gazeta do Sul junto a executivos das principais empresas de Santa Cruz do Sul revela um cenário animador para 2017: nada menos que 80% deles apostam em um ano melhor. Com isso, crescimento, investimentos e até contratações voltam a aparecer no horizonte, após uma longa safra de más notícias.

Na segunda quinzena de dezembro, a Gazeta encaminhou um questionário com 14 perguntas para as 25 maiores empresas de Santa Cruz, com base em uma relação oficial fornecida pela Secretaria Municipal da Fazenda. Destas, 15 responderam, contemplando setores como tabaco, alimentos, varejo, logística e comunicações, entre outros. Juntas, elas respondem por quase 80% do valor adicionado do Município. Algumas informaram que não participariam por questões estratégicas, enquanto outras se encontravam em férias coletivas.

Na prática, a perspectiva positiva em relação aos próximos meses é quase uma unanimidade: a maioria se disse otimista e afirmou ter confiança de que este ano será melhor do que o ano passado, tanto para as suas empresas e setores quanto para a economia local. Se investimentos de peso ou forte expansão ainda estão distantes, crescimento moderado no curto prazo está nas projeções de mais de 70% das empresas, enquanto 80% têm investimentos moderados nos planos. Os números também sugerem que, após um ano em que o município viu o fechamento de quase 500 postos de trabalho, demissões praticamente saíram do radar do setor: apenas 6,6% falam em reduzir o quadro de funcionários, enquanto 66,6% pretendem manter o efetivo e 26,6% preveem contratações. Por outro lado, a necessidade de ajustes nos orçamentos continua uma realidade: mais de 50% das empresas ainda pretendem cortar despesas.

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Os empresários também foram questionados sobre o que consideram prioritário para a melhoria no curto prazo do ambiente de negócios no País. A opção mais escolhida foi a estabilidade política. Em segundo lugar, empatadas, aparecem: redução da carga tributária, retomada dos investimentos públicos e privatizações. Em terceiro, aprovação de medidas econômicas do governo federal.

“O medo passou”

Presidente da Assemp, Flávio Bender confirma que há otimismo em relação a este ano, sobretudo para o segundo semestre. Segundo ele, a redução da taxa de juros e a ampliação de linhas de crédito, entre outras, criam a expectativa de retomada do consumo e da atividade econômica. “Houve um momento em que havia uma insegurança muito grande em relação ao emprego, mas o medo passou.”

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Na mesma linha, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Léo Schwingel, acredita que os empresários estão confiantes quanto à equipe econômica do novo governo. “Não há como reter uma economia como a do Brasil por muito tempo”, afirmou.

Confiança local

O resultado reforça que, mesmo longe de estar blindada quanto à crise, Santa Cruz sofreu menos os sintomas da recessão. Ao responderem sobre os desempenhos de suas empresas, por exemplo, apenas 20% dos empresários afirmaram que 2016 foi um ano ruim. 

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Além disso, enquanto 100% afirmam que o ano foi ruim ou muito ruim para o País, somente 20% veem da mesma forma a economia do município. Eles também são mais otimistas em relação a Santa Cruz: 60% acreditam que 2017 será melhor para o município e apenas 40% creem o mesmo em relação ao País.

PERSPECTIVAS PARA 2017

Muito melhor que 2016 – 6,6 %

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Melhor que 2016 – 73,3 %

Estável em relação a 2016 – 20 %

Pior que 2016 – 0,0 %

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Muito pior que 2016 – 0,0 %

PARA O SETOR

Muito melhor que 2016 – 0,0 %

Melhor que 2016 – 53,3 %

Estável em relação a 2016 – 46,6 %

Pior que 2016 – 0,0 %

Muito pior que 2016 – 0,0 %

PARA A ECONOMIA DE SANTA CRUZ

Muito melhor que 2016 – 0,0 %

Melhor que 2016 – 60 %

Estável em relação a 2016 – 33,3 %

Pior que 2016 – 6,6 %

Muito pior que 2016 – 0,0 %

PARA A ECONOMIA DO PAÍS

Muito melhor que 2016 – 0,0 %

Melhor que 2016 – 40 %

Estável em relação a 2016 – 40 %

Pior que 2016 – 20 %

Muito pior que 2016 – 0,0 %

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