A volta às aulas, que costuma aquecer as vendas do comércio nos dois primeiros meses do ano, teve um cenário bem diferente e muito aquém do esperado em virtude da pandemia de Covid-19. Em janeiro, as vendas já estavam tímidas devido à incerteza sobre o retorno presencial das aulas; agora, com a região classificada na bandeira preta, o movimento nas papelarias de Santa Cruz do Sul caiu de maneira drástica. Na Clip Graffite, na manhã dessa quinta-feira, 25, o movimento no interior da loja era baixo. Aqueles pais que até a semana passada eram vistos com listas nas mãos, e enchendo os cestos de itens, não estavam lá.
A gerente da loja, Jaqueline Freese, disse que as pessoas estão inseguras em relação ao retorno das aulas, e muitos decidiram utilizar o material que havia sobrado do ano passado. Ela calcula que a queda nas vendas neste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, já chegou a 50%. “Iniciamos o ano com as vendas mais tímidas, mas percebemos que, na medida em que as escolas anunciaram o retorno, o movimento cresceu, e as vendas também deram uma aquecida. Exemplo disso foi o retorno das escolas particulares, quando muitos resolveram comprar na última hora. Mas, agora, acredito que os alunos da rede municipal e particular irão aguardar mais um pouco até ter certeza de que o retorno se confirmará”, comentou.
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Jaqueline destacou que, além das escolas particulares, que já iniciaram o ano letivo, poucas foram as da rede municipal e estadual que disponibilizaram lista de materiais aos estudantes. “Elas nos disseram que, por enquanto, irão avaliar os itens que sobraram do ano passado. Da mesma forma, muitos são os pais que também resolveram fazer o mesmo, e estão levando somente o que realmente precisam”, contou.
Segundo Jaqueline, itens como mochila, estojo, lápis de escrever, canetinhas e massa de modelar são reaproveitados. “Claro que muitos também estão adquirindo produtos novos, e com temas diferentes, como forma de dar incentivo aos estudos.” Entre os produtos que tiveram mais procura para este ano letivo estão as máscaras de proteção, o minifrasco de álcool gel no modelo chaveiro, para ser levado na mochila, e as garrafas de água, que, desde que os bebedouros foram desativados, passaram a ser indispensáveis aos estudantes.
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ARROIO GRANDE
Na Rippel Papelaria, no Bairro Arroio Grande, a situação não é diferente, e o movimento também despencou. A proprietária, Sandra Ritter, ressaltou que nos últimos dias viu os produtos saírem com dificuldade das prateleiras. “Não posso reclamar. Até sexta-feira o movimento estava muito bom, com alguns pais trazendo listas, fazendo orçamentos. E outros comprando, mesmo com um pouco de cautela, somente aquilo que era necessário. Mas nesta semana nós sentimos que todos estão apreensivos e inseguros com o retorno das aulas, e preferem aguardar”, observou.
A loja, que foi inaugurada no fim do ano passado, na Rua Leonel do Prado, próximo ao 7° BIB, está com diversas promoções na volta às aulas. Itens como cadernos, mochilas e outros estão em ofertas até o dia 10 de março.
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