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Papel das escolas no combate ao abuso infantil é tema de debate em Santa Cruz

“A crença de que a palavra da vítima contra a palavra do adulto não tem valor é falsa. A palavra da vítima tem credibilidade e serve sim como prova de condenação”. Com essa afirmação, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente deu a tônica do debate realizado na tarde desta quarta-feira, 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em Santa Cruz do Sul.

O debate reuniu no auditório do Memorial da Unisc, representantes do Ministério Público, Juizado da Criança e do Adolescente, Polícia Civil, Creas e Conselho Tutelar. Na plateia, atendentes de Emeis, agentes comunitários de saúde, professores, orientadores educacionais e representantes de órgãos de segurança pública e da rede de atendimento à criança e ao adolescente. Na abertura do encontro, meninos e meninas do Centro Social Urbano Aesca Faxinal fizeram uma apresentação artística utilizando música e linguagem teatral para encenar o episódio que deu origem à data: o assassinato de Araceli Cabrera Crespo, que em 1973, aos oito anos de idade, foi raptada, drogada, estuprada e carbonizada.

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Na fala de todos os convidados, a necessidade de se estar atento aos sinais manifestados por crianças e adolescentes, o encaminhamento correto das suspeitas de abuso aos órgãos competentes para averiguação da denúncia, o significado de uma escuta qualificada e a não revitimização. O papel das instituições de ensino foi considerado de fundamental importância na detecção de possíveis casos. “O pesadelo do pedófilo é a escola”, disse de forma enfática a conselheira tutelar Janete Franken.

Segundo Janete, é na escola que aparecem as alterações de comportamento, o que acabou comprometido no período da pandemia de coronavírus, devido ao ensino à distância. “Neste ano já são 40 casos e no ano da pandemia eram mais ou menos uns 16. Que bom se de fato não aconteceram mais”, disse. A conselheira chamou a atenção para que se dê atenção à Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficai), instrumento que pode revelar muitas situações de violação de direitos.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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