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Paola Severo lança o livro de poesias Atelophobia

Pouco mais de um ano depois de sua estreia na publicação de livro, a jornalista, poeta e escritora santa-cruzense Paola Severo, que integra a equipe da redação da Gazeta do Sul e do Portal Gaz, chega às livrarias com sua segunda obra autoral. Atelophobia, que ela agora lança, novamente sob o selo da Editora Gazeta, dá continuidade a seu fazer literário evidenciado em Melodia perversa, divulgado na reta final de 2019.

Nesse meio-tempo, uma pandemia se impôs na paisagem social em todo o planeta, e Paola se dedicou a selecionar mais um conjunto, no total de 112 textos, dos quais apenas um em tom de crônica, sendo o restante de poesia, para livro de 92 páginas, que está à venda por R$ 25,00. Exemplares já podem ser encontrados nas livrarias, ou diretamente com a autora. A obra contou com o incentivo da Lei nº 14.017/2020, a Lei Aldir Blanc, dispondo de recursos do auxílio emergencial, através da Secretaria Municipal da Cultura e da Prefeitura de Santa Cruz do Sul.

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Nascida e residente em Santa Cruz do Sul, 29 anos completados neste mês, formada em Jornalismo e especializada em Cinema e Linguagem Audiovisual, Paola está em meio a um MBA em História da Arte. Todas essas referências e influências contribuíram para moldar seu estilo pessoal na feitura dos versos, no que também se revelam suas leituras dos mais variados gêneros e sua predileção pelo universo Geek. Mas o novo livro revela-se, principalmente, um atestado de afirmação de uma jovem autora que, se em Melodia perversa lançava a promessa de quem adota o verso como via de expressão, em Atelophobia demarca seu território pessoal no mundo das letras.

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Autora é natural e reside em Santa Cruz do Sul | Foto: Amanda Prestes

“Quando entreguei o primeiro manuscrito do Melodia perversa, em 2017, passei a escrever um novo arquivo com poesias. Reuni ali tudo que escrevi até meados de 2020, quando percebi que, depois de uma seleção, já seria possível fazer um novo livro”, explica. “Comecei a editar o manuscrito que viria se tornar o Atelophobia durante a pandemia, aproveitei o período em casa durante o isolamento social para selecionar os textos, definir a ordem deles, revisar, reescrever, enfim.” Quando essa parte estava praticamente concluída, surgiu a oportunidade de lançar a obra com recursos da Lei Aldir Blanc. “Foi inesperado. Achei que levaria ainda muito tempo para conseguir lançar este livro, mas fico feliz que ele chegue às mãos das pessoas. Espero que gostem da leitura e, mais uma vez, se identifiquem com minhas visões de mundo, assim como aconteceu com o Melodia Perversa.”

Já a partir do título uma tomada de consciência se efetiva. “Atelophobia”, como refere no poema que empresta seu título ao livro, é “o medo de não ser bom o bastante ou não se sentir suficiente”. Pois Paola, a poeta, a escritora, evidencia que não se importa mais com comparações ou em se medir com este ou aquele jeito de escrever. Afinal, a comparação “Não é com os outros / E sim / Com inúmeras versões / De mim mesma”, conclui.

Sendo este também um exercício para cada um, para cada pessoa, e não importa qual sua área de atuação ou de dedicação, compete cumprir a sua trajetória, em busca de cada vez mais plenitude. Nessa jornada, Paola entrega um livro sereno, maduro, de profunda autenticidade, que faz bem, e que faz refletir. É bom o bastante. Missão cumprida!

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ATELOPHOBIA, de Paola Severo. Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta, 2021. 92 p. R$ 25,00.

Lançamento é neste sábado

Com autorização obtida junto à Secretaria Municipal da Cultura (Secult), Paola Severo vai realizar o lançamento presencial de seu novo livro neste sábado, 22, a partir das 15 horas, na Pisar Bem (Rua Sete de Setembro, 80, ao lado do Shopping Germânia). Além da chance de adquirir a obra na ocasião, ou ainda nas livrarias da cidade, também é possível reservar exemplar direto com Paola pelo Whats App (51) 9 9750 2527 ou pelo Instagram @paola.severo.71. Confira mais informações no link: https://fb.me/e/17XlPr7hp.

Como contrapartida do projeto junto à Lei Aldir Blanc, Paola vem realizando rodas de conversa em escolas do município, para falar sobre literatura e poesia e sobre seu trabalho. Até agora foram contempladas as escolas Ernesto Alves, Goiás e Nossa Senhora da Esperança, e mais uma será definida. Cada uma dessas escolas receberá 25 exemplares do livro, para trabalhos em sala de aula.

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Um poema

“Quando caem as folhas”
Sem aviso
A melancolia
Dá as caras
Como um tempo úmido
Que chega
Em um dia de outono
Tira minhas vontades
Como uma dor
Que não sei onde está
E permanece

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