A movimentação de usuários nas estações e terminais rodoviários durante a virada de ano também sofreu os impactos da pandemia. Cidades do Rio Grande do Sul e do Brasil registraram grande queda no número de pessoas que optam por viajar de ônibus.
Em Santa Cruz do Sul, a situação não é diferente. “A gente nota que diminuiu bastante. Nem se compara ao ano anterior. Tivemos nesse fim de ano pelo menos 40% a menos de circulação de público”, comentou a gerente operacional da Estação Rodoviária de Santa Cruz do Sul, Evelise Mayer.
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O motivo principal é a pandemia, mas há outros fatores. “Tudo parou e há recessão na economia. Por isso as pessoas estão mais cautelosas quanto aos gastos, sem contar o medo pelo risco de serem contaminadas.” O litoral catarinense, um dos principais destinos de santa-cruzenses e moradores da região na Estação Rodoviária de Santa Cruz, contudo, continua sendo procurado.
“O pessoal ainda vai e tem demanda, mas não tanto quanto nos anos anteriores. No Natal e na virada teve mais público, porque o pessoal segurou o ano todo e agora desafoga, mas a queda ainda chama a atenção”, comentou a gerente operacional. Evelise prevê um aumento de público no primeiro semestre de 2021. “Temos uma perspectiva de que em março ou abril comece a estabilizar, mas estamos todos na expectativa da vacina contra a Covid-19.”
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Curitiba na rota dos Fofinhos
Segundo Vanessa Brum, gerente de tráfego da empresa Viação União Santa Cruz, o feriado do Ano-Novo apresentou maior procura por parte dos passageiros, comparado aos dias normais dos últimos meses, porém em escala consideravelmente menor do que nos anos anteriores, nesta mesma data. “A perspectiva para a temporada de verão é de que exista um aumento de demanda, principalmente para os litorais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e que esta seguirá as tendências de aumento gradual dos últimos meses”, comentou.
Segundo ela, para proporcionar maior segurança aos passageiros, a Viação União Santa Cruz continua com todos os protocolos de segurança e higienização. “Apesar da pandemia, os investimentos e preocupação em ofertar serviços de qualidade aos passageiros não pararam. Neste mês de dezembro, a empresa abriu novas rotas interestaduais. A capital do Paraná, Curitiba, passou a ser um dos destinos atendidos com todo o conforto e comodidade de nossos ‘Fofinhos’”, complementou Vanessa.
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“Nunca vi um final de ano tão fraco”
Um dos 12 taxistas no ponto que fica na Estação Rodoviária de Santa Cruz do Sul, Elemar Sehn, de 64 anos, conhecido popularmente por Samuca, revela jamais ter visto uma queda tão grande na movimentação. “No ano passado, tinha no mínimo 50% a mais de gente na Rodoviária, nesta época. Nunca tinha visto um final de ano tão fraco”, comentou o taxista, que atua há 16 anos no local. A opinião é a mesma do colega Vilmar Azeredo, de 58 anos. “Está bem difícil, pois o público diminuiu bastante. A pandemia, principalmente neste ponto aqui da Rodoviária, atrapalhou demais o nosso trabalho.”
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