Pandemia derruba o número de casamentos em Santa Cruz

Desde meados de março, quando o novo coronavírus alterou a rotina da sociedade, proibindo aglomerações e limitando o funcionamento de diversos serviços, muitos eventos e celebrações já agendados tiveram de ser cancelados ou adiados – inclusive, os matrimônios. Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) mostram que em Santa Cruz do Sul o número de casamentos entre janeiro e julho deste ano ficou em 134, uma redução de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram celebradas 226 uniões.

Alguns dados disponíveis chamam a atenção, como os meses de abril, onde não houve nenhum registro, e maio, com apenas sete, ante 44 no ano anterior. Conforme o tempo passou e as normas para os serviços e atendimento ao público foram flexibilizadas no município, houve uma retomada: em julho, o número foi de 35 casamentos, frente aos 27 contabilizados em 2019. Em Santa Cruz, o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, órgão responsável pelas uniões civis, teve de adaptar sua rotina. “Antes não havia limite de pessoas no local, agora permitimos apenas o casal e duas testemunhas. No momento em que é iniciado o processo, marcamos uma data para o casamento, sempre nas quartas e sextas”, explica Patricía Heinrich, funcionária do cartório.

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Já no âmbito religioso, as cerimônias estão suspensas desde março, conforme determinam os decretos estadual e municipal de calamidade pública. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, a ordem é aguardar. “Nós temos o princípio de obedecer o que o Município coloca. Então não estamos realizando de nenhuma forma”, enfatiza o padre Roque Hammes.

Na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana do Centro, a determinação é a mesma, conforme informou o pastor Márcio Trentini. Na última segunda-feira, o decreto municipal sofreu uma alteração, permitindo – com restrições – a realização das cerimônias de batismo nas igrejas do município. Os casamentos, contudo, permanecem proibidos e sem previsão de liberação.

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