As comemorações que ocorreriam nesta terça-feira, 25, pelo Dia do Soldado e o nascimento do Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, foram canceladas no 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) de Santa Cruz do Sul. Em 2020 haverá apenas uma cerimônia interna, diferente de anos anteriores, com formatura dos novos soldados incorporados e entrega de medalhas e diplomas na presença de familiares e autoridades. A decisão de não fazer o ato nos moldes tradicionais está relacionada à pandemia do novo coronavírus e ao fato de o Vale do Rio Pardo ter sido classificado como bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do Estado.
O comandante do 7º BIB, coronel Fernando Barcellos da Rosa, explica como ocorrerá a cerimônia interna na manhã da próxima sexta-feira. “Será um evento apenas para cumprir algumas formalidades, como a entrega de medalhas a militares que estão se despedindo do serviço ativo e vão para a reserva. Não teremos a presença de público, nem de autoridades e nem de música”, conta. As atividades segundo ele, devem contar com um número reduzido de pessoas – apenas 20 militares.
Impossibilitado de realizar a cerimônia dos 277 novos soldados e outras atividades alusivas à data, o comandante lamenta. “Nós perdemos o brilho que os convidados geralmente trazem às festividades. A presença dos familiares, amigos e autoridades passa vibração à tropa, para reagir da melhor maneira. Sem eles, é quase como um jogo de futebol sem torcida”, compara. A expectativa, segundo o comandante, é realizar a cerimônia de formatura até o fim deste ano, antes do encerramento da instrução, que termina na primeira semana de dezembro. “Estamos postergando o máximo possível para que o evento tenha a presença dos familiares, o que é de extrema importância. Até porque os novos recrutas só tiveram uma celebração até o momento, que foi a de entrada.”
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Batalhão teve que readequar as rotinas
O comandante explica que desde o início da pandemia do novo coronavírus, na segunda quinzena de março, o 7º BIB teve que se adequar e adotar algumas providências para seguir com o trabalho. Dentre elas, medidas sanitárias para evitar a propagação do vírus dentro do batalhão. “Reduzimos o expediente a apenas 50% do efetivo e dividimos por turno – metade dos militares vem pela manhã e o restante à tarde. Os horários de alimentação no cassino também foram fracionados das 11 horas até as 13 horas, além da quantidade de pessoas por mesa”, conta. Igualmente foram intensificadas as medidas de higiene, como uso de máscara e álcool em gel. Uma triagem é feita em todos os que entram nas dependências do batalhão. “Se um militar se encaixar em qualquer uma das pré-condições de suspeita da doença, ele recebe uma dispensa para se cuidar”, afirma.
O batalhão também teve que acelerar a instrução dos novos recrutas, no novo padrão de distanciamento. “Quando começou a pandemia tínhamos menos de um mês de instrução e restavam ainda quatro meses. Fomos obrigados a acelerar a instrução e não os expusemos àquelas condições que são normais de treinamento, de extremo rigor físico.”
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Um alojamento para contaminados com a Covid-19 chegou a ser montado dentro do batalhão. Dos cinco militares infectados, apenas um precisou usar. Os demais ficaram em isolamento em casa. Atualmente, todos estão recuperados e já retornaram a suas atividades. O número de militares que pernoitam nos alojamentos reduziu – ficam no espaço apenas pessoas que estão de serviço ou que residem fora da cidade. Os quatro alojamentos com capacidade para acomodar 140 militares têm hoje apenas dez em cada.
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