Pandemia está sob controle, mas cuidados seguem necessários, diz infectologista

Uma das principais referências regionais no que diz respeito à Covid-19, o médico infectologista Marcelo Carneiro fez um balanço do atual momento da pandemia em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Para o especialista, a pandemia está sob controle e as possíveis novas variantes não devem trazer grande ameaça. Ainda assim, a população precisa ficar atenta para evitar o contágio, sobretudo as pessoas que possuem complicações de saúde.

Além das ruas e da vida cotidiana da sociedade, o arrefecimento da doença pode ser percebido nos indicadores. No mês de janeiro deste ano – o pior entre todos desde o início da pandemia –, o Rio Grande do Sul registrou 500 mil casos positivos. Em fevereiro, houve redução para 200 mil novos casos, e em março caiu novamente para cerca de 50 mil. “Isso somente com números oficiais, sem considerar a subnotificação”, observou.

A título de comparação, em fevereiro do ano passado, tido como o pior período do contágio de 2021, o RS somou 230 mil positivos. “É uma redução absurda, e conseguimos perceber uma grande diferença ao redor da gente”, salientou. Além da eficácia da vacinação em prevenir casos graves, segundo o médico, a variante Ômicron também demonstrou menor potencial de mortalidade. Apesar disso, ainda ocorrem mortes e, portanto, é importante manter os cuidados.

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Para Carneiro, evitar o contágio é o ideal

Ao comentar sobre o perfil dos pacientes que estão internando por complicações da Covid-19, o intectologista explicou que não há um padrão. Por vezes, o tratamento hospitalar é necessário mesmo com três doses da vacina. “Isso não quer dizer que a vacina não seja boa para todo mundo. A questão é que todo mundo não é igual.” Ou seja, mesmo com a imunização completa, pessoas com idade avançada e/ou outras comorbidades podem desenvolver um quadro mais grave da doença e, por isso, precisam continuar se protegendo.

Sobre o futuro, Carneiro acredita que a pandemia será rebaixada para endemia. Segundo ele, o coronavírus vai permanecer em circulação junto de outros vírus, mas sem oferecer maiores riscos à saúde pública. Com isso, a população precisa ficar atenta aos sintomas respiratórios. “Aquela conversa de que ‘acho que estou gripado’ tem que mudar para ‘acho que estou com Covid’ ”, frisa o médico. “Isso vai fazer com que a gente diminua o contágio entre as pessoas e que o respeito com o próximo antes de ir trabalhar doente seja muito mais adequado.”

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Internações

O boletim emitido pela Secretaria Municipal de Saúde nessa sexta-feira mostra que só um paciente está internado no Hospital Santa Cruz (HSC) por complicações da Covid-19. Não há moradores de outros municípios hospitalizados em Santa Cruz do Sul. Esse é mais um indicador da redução expressiva nos últimos meses e demonstra o arrefecimento da pandemia ao longo do tempo. Entre fevereiro e março do ano passado, quando foi estabelecido o recorde, o número chegou a 169 internados.

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