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Pandemia afeta entrega do tabaco para as indústrias

A produção de tabaco será menor neste ano em relação à safra passada. Prejudicada pela estiagem, a previsão é de quebra de 20% na projeção inicial, com estimativa de, no máximo, 270 mil toneladas no Rio Grande do Sul, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). A pandemia do coronavírus e as medidas para evitar o contágio também prejudicam a venda do produto.

O presidente da Afubra, Benício Werner, afirma que a comercialização está um pouco mais lenta, com cerca de 20% entregue às indústrias a menos do que no mesmo período da safra passada. “Como nosso pessoal de campo não está visitando os produtores por causa das restrições pelo coronavírus, não temos como precisar qual o percentual já comercializado. Na safra passada, até o fim de abril, havia sido 50% da produção no Sul do Brasil.”

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A entrega segue as exigências dos decretos estaduais e municipais, para evitar que muitos produtores vendam ao mesmo tempo, além dos cuidados com higienização. Uma das medidas foi determinar que só um responsável pela produção acompanhe a comercialização, sem participação de outros membros da família. A Afubra espera que o período de compras seja estendido até meados de agosto.

Neste ano, não houve acordo da comissão dos produtores com nenhuma indústria sobre o preço do tabaco, o que também gera reclamações. “Até 14 de março, quando estávamos acompanhando a comercialização por meio de pesquisa, os produtores não estavam satisfeitos, pois a classificação por algumas empresas estava muito rígida”, explica Werner.

A safra 2018/2019 teve uma produção de 320.788 toneladas só no Rio Grande do Sul. “Ainda é cedo para sabermos com precisão, porque temos restrições por causa da Covid-19 para continuar nossas pesquisas junto aos produtores e atualizar nossa estimativa, que pode não chegar a 270 mil toneladas no Estado.” No entanto, as notícias são boas quanto à qualidade do tabaco.

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A primeira estimativa para a produção dos três estados do Sul, feita em outubro, era de 657.148 toneladas. Em janeiro houve atualização para 646 mil toneladas. “Não nos surpreenderemos se a produção ficar aquém dessa estimativa.” Na safra 2018/2019, a produção do Sul do Brasil foi de 664.355 toneladas.

Preparativos da próxima safra

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Segundo Benício Werner, ainda não há problemas para que os agricultores obtenham água na preparação dos canteiros de semeadura. “As empresas estão entregando os insumos necessários para a formação dos canteiros. No momento, o fornecimento dos insumos não afetará a safra 2020/2021.” Uma preocupação no momento são as informações sobre redução no número de produtores integrados às empresas, algumas em 10% e outras em 15%. “Somos a favor da diminuição da área de produção, mas não da exclusão de produtores”, disse Werner.

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