Na semana passada, lembramos da passagem por Santa Cruz do Sul, em 1937, da corrida internacional entre Montevidéu e o Rio de Janeiro. Hoje, retomamos um pouco da história do nosso grande piloto do passado, Osvaldinho de Oliveira.
Oliveira nasceu em Porto Alegre, em 1915, e veio para Santa Cruz em 1939, atuando no ramo de transporte de cargas e passageiros. Logo casouse com a santa-cruzense Erica Halmenschlager, constituiu família e aqui residiu até falecer, em 1996.
Exímio motorista, em 1948 foi convidado para uma corrida em Cachoeira do Sul. A partir daí, não parou mais, conquistando títulos no Rio Grande do Sul e Uruguai. De 1950 a 1957, disputou 33 provas e venceu 20.
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Uma das marcas do piloto, que se considerava santa-cruzense, foi o tetracampeonato gaúcho, em provas disputadas nas estradas poeirentas e esburacadas da época. Em 1955, bateu o recorde brasileiro de velocidade na categoria standard (veículos originais), com a média de 118,28 km por hora na prova Antoninho Burlamaque (Porto Alegre a Capão da Canoa). Em 1956 venceu a prova Bagé-AceguáBagé, com a média de 134,20 km por hora, superando o campeão da Força Livre (carreteiras modificadas).
Em 1955 e 1957, participou das Mil Milhas Brasileiras, em São Paulo. Em 1957, garantiu o quinto lugar entre 48 pilotos.
Osvaldinho corria com a barata 128, uma Ford 1940. Seus mecânicos eram Oscar Procat, Hugo Hagemann e Aldo Costa. Sua paixão era tanta que, mesmo se recuperando de uma cirurgia, participou do 1º Circuito dos Vales do Taquari-Rio Pardo-Jacuí, em 1952, sendo acompanhado pelo médico André Bator para o caso de algum atendimento de urgência.
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Em 1961, quando as corridas nas estradas foram proibidas, ele passou a disputar os Quilômetros de Arrancada, onde também era imbatível. Hoje, seu nome batiza a pista do Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul.
Pesquisa: arquivo da Gazeta do Sul
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