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Paixão pelas lutas

As lutas de boxe e livres foram destaque em Santa Cruz do Sul entre 1930 e 1945. A paixão iniciou quando o santa-cruzense José Brueckmann, que morava em São Paulo, retornou à cidade com o título de campeão brasileiro de boxe.

Ele e seus treinadores Sebastião (nordestino) e Casanova (paulista) instalaram um ringue no estádio do FC Santa Cruz. Lá ocorriam lutas nos domingos à tarde, sempre com grande público. Em dias de chuva, eram no antigo Cine Teatro União (depois Cine Apolo).

Os três se tornaram ídolos e o pugilismo virou moda. Ao menos duas lutas foram consideradas memoráveis. Em uma, Brueckmann “destroçou” Jimmy Hanson, campeão da Alemanha. Na outra, derrotou por pontos o campeão da Áustria, de nome J. Kautz. Tempos depois, Brueckmann e os treinadores voltaram a São Paulo, mas deixaram
bons lutadores na cidade, como Leopoldo Strohschen.

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Em 1940, o pugilismo ganhou novo impulso com a chegada do interventor (prefeito) Dario Barbosa. Ele era carioca e aficionado por lutas, tanto boxe como catch (livre). Foi então criado o Clube de Física Hércules, que tinha Barbosa como presidente de honra.

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Os embates ocorriam no Cine Apolo, e Manfred Ott (o Alemão) era o maior destaque. Entraram para a história as “lutas titânicas” entre Alemão e Armando Fetter, e Alemão contra Elemar Mathias. O Clube Hércules oferecia equipamentos de treino e tinha até biblioteca. Entre os sócios estavam Reiner Hennes, Erny Bartholomay, Arno Knabach, Manfredo Schmidt e Armando Fetter.

A entidade era formada basicamente por jovens, mas era alvo da contrariedade dos pais. Esse foi um dos motivos que levaram ao encerramento das atividades, por volta de 1945. 

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Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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