Muitos países que tiveram sucesso no enfrentamento do novo coronavírus estão testemunhando um aumento de casos devido a aglomerações religiosas, de lazer, ou em locais fechados, como clubes noturnos ou dormitórios, desde que relaxaram as restrições, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira, 22.
A Coreia do Sul disse, pela primeira vez, que está às voltas com uma “segunda onda” de infecções nos arredores de Seul, provocada por surtos pequenos, mas persistentes, resultantes de um feriado comemorado em maio.
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“Neste momento, há muitos países que tiveram sucesso em combater a transmissão, levando-a um nível baixo, e que agora estão começando a ver um aumento de casos”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista e principal autoridade técnica da OMS para a pandemia, citando a Coreia do Sul como uma delas. Ela não chegou a falar em segunda onda.
“Qualquer oportunidade que o vírus tiver de se instalar, ele aproveitará”, disse ela, fazendo um apelo aos países para “darem tudo de si” a fim de isolar esses casos e evitar nova transmissão comunitária.
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Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse que novos focos parecem ter surgido ligados a clubes, abrigos e parques de diversão na Coreia do Sul, mas que o número de casos em geral está “muito, muito estável ou até diminuindo”. Ele elogiou a abordagem de Seul no combate à pandemia.
“Meu entendimento é que a grande maioria dos casos que estão sendo detectados são ligados a focos existentes e reconhecidos e, sendo assim, as autoridades sul-coreanas ainda têm grande visibilidade de onde o vírus está e da dinâmica dentro da qual as cadeias estão transmitindo”, afirmou Ryan.
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