O mês começou com notícia preocupante para mães e pais de crianças venâncio-airenses. O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) emitiu nota informando a suspensão temporária da oferta de atendimentos pediátricos particulares e de convênios. A decisão seria uma forma de atendimento da solicitação dos médicos, como meio de garantir segurança aos pacientes internados e em estado grave. O anúncio, contudo, deixou a comunidade inconformada.
Integrante de um grupo no WhatsApp, com cerca de 90 mães, Nathali Neumann tem dois filhos, um de 4 meses e outro de 2 anos. Ela conta que uma das participantes foi até a casa de saúde e recebeu a informação de que deveria procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou os hospitais de Santa Cruz do Sul e Lajeado, que seriam referências. Nathali relatou que a espera na UPA era longa e não haveria especialista em pediatria. “Lá é clínico-geral, o que se torna inviável. Há relatos de mães que chegaram lá e foram encaminhadas para o hospital, porque não tinham como proceder”, destaca.
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A mãe acredita que o contratempo da demora tenha sido minimizado, após relatos de pacientes que se tornaram públicos. Em nota, a Secretaria da Saúde confirma reforço no número de médicos na unidade. “Crianças e adultos são atendidos por médicos que, avaliando a necessidade, acionam especialista, que fica de sobreaviso 24 horas.”
Moradores, vereadores, representantes da Prefeitura, da Câmara e do HSSM reuniram-se na sede do Legislativo na tarde dessa segunda-feira, 4, para tratar sobre a suspensão dos atendimentos. O administrador do hospital, Fernando Siqueira, argumentou que foi solicitado ao plano de saúde reforço de pessoal, sem sucesso. A espera para a suspensão das consultas, diz o informe do HSSM, aconteceu pela expectativa que a equipe tinha de resolver a situação ainda na primeira semana deste mês.
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Casos de urgência e emergência, assim como os decorrentes de partos e pacientes já internados, continuam recebendo atenção. Buscando uma alternativa, a Prefeitura adiantou que não pode interferir, por se tratar de um serviço privado, mas mantém diálogo com o hospital e com o plano de saúde para que a situação volte à normalidade.
O grupo de mães apresentou outras situações que costumam causar preocupação. “A triagem, que muitas vezes não é feita, a necessidade de ter pediatra na UPA e o aumento do número de atendimentos nos postos, já que o momento é de alta procura, também foram debatidos”, conta Nathali.
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Sobre as unidades, que simbolizam a porta de chegada ao serviço, o Município reforça que há especialista na UBS Santa Tecla, todos os dias, das 13 horas às 15 horas; na UBS Central, segunda, terça e quarta, das 13h30 às 15h30; quintas, das 13 horas às 17 horas; nas quartas e quintas, das 7h30 às 11h30 e das 13 horas às 17 horas; e nas sextas, das 7h30 às 11h30.
O assunto voltou ao Legislativo na noite dessa segunda-feira. O secretário Tiago Quintana, o dirigente do hospital, Fernando Siqueira, e o presidente da instituição, Juliano Spies, responderam aos questionamentos dos vereadores.
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