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Padaria da Copame vai encerrar as atividades

Após mais de 25 anos em operação, a Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor de Santa Cruz do Sul (Copame) anunciou o encerramento das atividades de sua padaria a partir de agosto. Em comunicado emitido na tarde de hoje, a instituição justificou que a decisão não foi fácil, mas se fez necessária em função do aumento no custo dos insumos para a produção e a consequente redução da margem de lucro. A direção agradeceu o apoio de todos os parceiros e salientou que os esforços serão concentrados na atividade principal, que é o atendimento às crianças e adolescentes.

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O documento salienta que a padaria foi criada com a finalidade de proporcionar treinamento e iniciação profissional aos adolescentes internos da entidade, que na época atendia as idades de zero a 18 anos. Com o passar do tempo, porém, as mudanças na legislação acabaram inviabilizando a proposta, que envolvia trabalho específico e riscos. Assim, o propósito passou a ser produzir e vender produtos para gerar lucro e auxiliar no custo de operação da Copame. Esse objetivo foi alcançado por mais de 20 anos.

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Nos últimos anos, contudo, a piora na situação econômica do País causou um aumento expressivo nos custos e derrubou a margem de lucro. “A padaria, então, começou a tornar-se uma preocupação”, diz um trecho do documento. O conselho fiscal da instituição passou a alertar acerca da realidade e sobre a queda nos lucros, que poderiam se tornar prejuízo em pouco tempo. Para tentar reverter o quadro, novos produtos como o pão fatiado foram inclusos e o trabalho de divulgação também ganhou reforço.

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As ações surtiram efeito, mesmo com a pandemia da Covid-19. O faturamento aumentou paralelo aos custos e, no final do ano passado, foi registrado prejuízo. Além disso, o novo patamar de faturamento levou a entidade a pagar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as vendas. Neste ano, a guerra na Ucrânia mais uma vez elevou os custos, sobretudo da farinha de trigo. A Copame então tomou novas medidas como redução do quadro de funcionários e suspensão da produção do pão fatiado. O ofício informa que essa decisão garantiu fôlego para atender as empresas de alimentação durante a safra do tabaco. Após esse período, entretanto, não será mais viável manter a padaria.

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Assim, por decisão unânime tomada em assembleia específica para tratar do tema, a diretoria e os associados presentes decidiram encerrar as atividades da padaria. “Essa não foi uma decisão fácil, mas foi tomada depois de muita análise, conversas e tentativas de parcerias. Infelizmente, nada se mostrou viável para a manutenção da padaria”, diz outro trecho. O ofício informa ainda que todos os funcionários serão demitidos e indenizados com seus devidos direitos trabalhistas, com recursos oriundos da venda de veículos e equipamentos.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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