A demora no atendimento no Pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz está gerando reclamações em Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira, 26. Diversos leitores entraram em contato com o Portal Gaz para relatar as horas de espera. Em alguns casos, os pacientes aguardam há mais de 5 horas.
É o caso de Amanda Vendruscollo, de 20 anos. Ela procurou atendimento nesta manhã por estar com a garganta inchada, com dores para falar e engolir. A ficha foi retirada às 10h37 – às 16 horas, quando conversou com a reportagem, ainda não havia sido chamada para o atendimento médico. “É terrível, sentimento de abandono pela demora. Outras vezes que precisei, não tinha acontecido isso, mas essa vez está deprimente. Estou cogitando desistir do atendimento”, falou. Às 16h10, relatou ter conseguido ser atendida, depois de mais de 5 horas de espera.
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Aguardando há quatro horas, Marco Antonio Pereira Rodrigues Junior, de 29 anos, relata o desespero de outros pacientes. “Há pessoas passando mal com dores, mulheres grávidas esperando para serem atendidas. O médico não chama”, descreveu. Ele chegou à unidade de saúde às 12h05, com pressão alta e dores no estômago. Às 16 horas, ainda aguardava atendimento.
O mesmo relato é feito por Álvaro Adriano Tatsch Pereira. Ele acompanha a sogra, Irena Ernst, de 66 anos, há mais de 3 horas. A retirada da ficha de atendimento com prioridade foi feita às 12h37 – às 16 horas, seguiam aguardando. “Minha sogra sofre de insuficiência renal e está aqui sofrendo pela falta de atendimento, isso é uma vergonha”, disse. “Desprezo pelos pacientes.”
O que diz o Hospital
O Hospital Santa Cruz foi procurado para esclarecer a situação. Por meio da assessoria de imprensa, a casa de saúde informou que o fluxo de atendimentos é considerado normal para uma segunda-feira, dia em que tradicionalmente há mais movimento, assim como nas sextas-feiras. “A média de atendimentos nas segundas-feiras é de 150 a 170 atendimentos, com cerca de 10 emergências. Na data de hoje [segunda-feira, 26], até as 17 horas foram 117 atendimentos. Destes, 14 foram emergências”, informou a instituição.
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“Todas as pessoas classificadas na triagem com as cores verde e azul são avisadas do tempo previsto para atendimento e orientadas a buscar atendimento nos postos de saúde ou na UPA. Dependendo do diagnóstico do paciente, é encaminhado para medicação, exames e/ou ficam em observação, continuando assim a receber o acompanhamento e avaliações do médico”, finalizou a casa de saúde.
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