Ovos artesanais na preferência do consumidor

Chegada a época de Páscoa, os ovos de chocolate ganham destaque nas prateleiras dos supermercados e lojas de confeitaria. No entanto, a produção artesanal tem sido a preferência dos consumidores que gostam de presentear pessoas próximas. Segundo a assistente técnica do curso de Gastronomia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Luciana Cassaboni, é importante incentivar as pessoas que produzem chocolates em casa para vender, pois são mais saborosos, possuem formatos diferentes e são feitos com amor. 

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Ainda conforme Luciana, o preço dos insumos para confecção dos chocolates teve grande elevação, mas ainda vale a pena investir na área. “Um produto artesanal tem mais sabor e acaba se tornando mais em conta do que o industrializado”, afirma. Ela destaca pontos importantes para quem deseja ingressar no ramo. “Para começar, o empreendedor deve ter conhecimento e técnicas. Trabalhar com produtos de qualidade, providenciar uma boa apresentação e fazer cursos de aperfeiçoamento também são requisitos importantes.” 

Opção aos industrializados ganha espaço

Quem também iniciou a venda de ovos de Páscoa em 2020 foi Pablo Henrique da Silva, 20 anos. Ele produz doces desde os 14, mas decidiu vender apenas no início do primeiro ano de pandemia. “Acabei postando nas redes sociais para divulgação e muita gente encomendou. Não fazia ideia de que faria sucesso e nem como administrar tantos produtos”, recorda.

Após ver que o empreendimento havia dado certo, abriu a sua empresa, Doces do Pablo. “Depois daquele ano, eu sempre produzo algo na Páscoa. Percebo que venho melhorando a cada ano”, afirma. 

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Contando todos os produtos vendidos para a data, o confeiteiro acredita que tenha chegado a 400 unidades em 2022. “Eu produzi muitos ovos de colher, miniovinhos e barras trufadas. Neste ano, espero que eu consiga aumentar ainda mais as vendas”, salienta. Para esta edição da data mais doce do ano, Pablo pretende investir no carro-chefe, que são os ovos de colher de sabores variados, além dos itens já produzidos nos anos anteriores. 

Com formação em confeitaria pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Santa Cruz do Sul e experiência no empreendedorismo de doces, Pablo acredita que o mercado só tende a crescer nos próximos anos. “É notável que as vendas dos ovos de chocolate industrializados estão cada vez menores nos estabelecimentos. Quem produz artesanalmente está garantindo seu espaço”, avalia o confeiteiro. 

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Renda extra

Por ter muito gosto pela confeitaria, Natália Rowedder, 20 anos, começou a produzir doces ainda pequena. “Eu gostava de comer, mas minha mãe não sabia fazer, então eu aprendi sozinha. No Ensino Fundamental, quando tinha alguma festa da turma, geralmente eu fazia os doces”, relembra. Pensando em tornar o hobby uma forma de renda, Natália começou a vender suas produções em 2020. Desde então, trabalha em uma loja no centro de Santa Cruz do Sul e garante um extra com a venda de doces. 

Em relação à Páscoa, os ovos de colher dos sabores ninho com nutella e kinder bueno são os mais pedidos pelos clientes, segundo Natália. No ano passado, ela chegou a produzir cerca de cem ovos. “É bem grande a procura, cerca de duas semanas antes já estou lotada de pedidos”, conta. Neste ano, ela pretende investir também em um novo sabor de ovo de colher, além da novidade de ovos no pote e barras recheadas. “Para pessoas que querem presentear com algo mais barato”, explica. 

Natália acredita que os ovos de chocolate artesanais ganham cada vez mais espaço na preferência dos clientes. “Não tem comparação, são ingredientes diferentes e selecionados, sem contar que são fresquinhos”, defende. Ela espera que as vendas sejam boas neste ano. “É difícil alguém não optar por um ovo recheado e mais gostoso. O mercado local deve lucrar ainda mais nesta Páscoa.”

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