Elas

Outubro Rosa e saúde mental: entenda a relação do autocuidado na luta contra o câncer de mama

O mês de outubro é amplamente destacado pelas campanhas que promovem a conscientização sobre o câncer de mama, enfatizando a importância da detecção precoce da doença. O movimento, denominado Outubro Rosa, desempenha um papel essencial no Brasil, onde, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é a forma mais comum de câncer entre as mulheres, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.

Além de alertar sobre a necessidade de exames preventivos, a campanha busca oferecer suporte emocional às mulheres que enfrentam o desafiador diagnóstico, reconhecendo que a saúde mental é uma parte fundamental desse processo.

LEIA TAMBÉM: Mulheres de baixa renda terão exames gratuitos de câncer de mama

Publicidade

A carga emocional decorrente do diagnóstico pode ser desgastante. Os desafios emocionais enfrentados por pacientes e seus entes queridos, como incerteza e medo, impactam significativamente a saúde mental. Ana Matos, psicanalista, filósofa e autora do livro “O Caminho para o Inevitável Encontro Consigo Mesmo”, destaca que a recepção de uma notícia como essa não afeta apenas a paciente, mas também seu círculo social, que frequentemente vive a angústia e a preocupação em relação ao bem-estar da pessoa diagnosticada. 

Apoio psicológico: fundamental para a jornada

O impacto emocional pós-diagnóstico é profundo, influenciando não apenas a saúde mental da paciente, mas também suas relações e a dinâmica familiar. Durante o tratamento, muitas pacientes enfrentam não apenas os desafios da doença, mas também problemas como insônia, ansiedade e depressão. Para as mulheres, esse processo pode ser ainda mais complexo, pois, além do tratamento agressivo, lidam com questões que afetam sua autoestima e percepção corporal.

Essa relação essencial entre o estado emocional e a saúde física sublinha a importância de um suporte psicológico contínuo “Nesse momento, a paciente pode passar por fases semelhantes ao luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Essas fases não seguem uma ordem fixa e podem oscilar”, explica Ana.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Venâncio Aires recebe 180 primeiros kits do programa “Mãe Gaúcha”

Os profissionais da psicologia desempenham um papel crucial no apoio a pacientes diagnosticadas e em tratamento. A terapia ajuda a enfrentar esses desafios, resgatando recursos internos. A psicanalista ressalta a importância de integrar a saúde mental à conscientização sobre o câncer de mama: “A terapia oferece um espaço seguro para expressar medos e ansiedades, promovendo um enfrentamento mais saudável e transformador.”

Cultivando autocuidado

Práticas de autocuidado são fundamentais nesta jornada. Momentos dedicados ao lazer, meditação e atividades físicas, como yoga ou caminhadas, ajudam a reduzir a ansiedade e aumentar a resiliência emocional. “Cuidar de si é um ato de resistência. O autocuidado cria um ambiente propício para a cura, tanto física quanto mental”, destaca Ana. Esse autocuidado complementa o tratamento psicológico, sendo um complemento valioso para  fortalecer a saúde mental de forma integrada.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Exposição celebra superação na luta contra o câncer de mama 

Além disso, é essencial que familiares e amigos busquem suporte emocional. O estresse constante pode causar desgaste significativo. “Quem cuida precisa se cuidar, tanto física quanto emocionalmente. É crucial cuidar do corpo e da mente. Atividade física e terapia são aliados fundamentais, permitindo que o cuidador esteja presente e equilibrado para oferecer o melhor suporte”, afirma Ana, ressaltando a importância de fortalecer essa rede de apoio. A saúde mental dos cuidadores é vital para que possam acompanhar a paciente de maneira saudável.

Assim, o Outubro Rosa se torna uma oportunidade para discutir não apenas a prevenção e o tratamento do câncer de mama, mas também a relevância da saúde mental nesse processo. Cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. A combinação de terapia e práticas de autocuidado pode ser uma verdadeira válvula de escape, auxiliando pacientes e seus entes queridos a enfrentarem essa etapa desafiadora.

Publicidade

LEIA MAIS NOTÍCIAS DA EDITORIA ELAS

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙

Publicidade

Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

Share
Published by
Carina Weber

This website uses cookies.