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Outro retrato da periferia nas rimas do grupo Swing Rap

O rap santa-cruzense é uma força que cresce a cada dia. Com a realização de eventos de hip-hop e batalhas de rima, assim como a divulgação de músicas e clipes, os artistas do gênero ganham mais visibilidade. É o caso do Swing Rap, grupo formado na Zona Sul em 2014, que lançou clipe recentemente e tenta mostrar a realidade dos bairros através das suas letras. 

O grupo divulgou um vídeo muito bem produzido para a música Made in Favela ainda no finalzinho de 2017. O vídeo gravado no Bairro Santa Vitória, em Santa Cruz do Sul, com direção de Flávio Rodrigo, exalta o talento da periferia, que sofre com a falta de oportunidades. Esse é o segundo trabalho audiovisual do grupo, que também já lançou clipe no ano passado para a música Justiça Falha.

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Segundo os integrantes do Swing Rap, o propósito da canção Made in Favela é mostrar o potencial da periferia, enfatizando que o bairro vai além da ideia que as pessoas podem ter de um lugar perigoso. “Tem gente de bem, que luta, batalha e tem muito talento no skate, na poesia, no basquete e no futebol. Foi o que mostramos no clipe.” A composição foi uma das primeiras gravadas pelos músicos, há cerca de dois anos, no Estúdio Obra Prima Record com produção de Iamutools. 

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Composto por Anderson Schmidt (o Mano And), Roger dos Santos (Negão Roger) e Bruno Ismael (FP), o trio iniciou suas atividades através do projeto “Periferia tem talento”, do colégio Nossa Senhora da Esperança. Na iniciativa apoiada pelo diretor e duas professoras da instituição, os jovens entraram em contato com membros mais experientes da cena como Vés MC, Marcelo e Negro Guediz, com quem realizam parcerias até hoje.
Desde então, os rapazes continuam fazendo música, sem suporte, mas com foco e fé de sobra.

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“Seguimos lutando contra todo tipo de desigualdade e preconceito, procurando dar voz à nossa quebrada. Incentivando a molecada a andar pelo certo, mostrar pra eles que há outras opções além do crime.” Rap local de qualidade e com discurso de respeito.

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