O anúncio de Lula como novo ministro da Casa Civil e a divulgação de conversas telefônicas do ex-presidente pela Polícia Federal movimentaram essa quarta-feira, 16. Entre as ligações interceptadas há diálogos com o presidente do PT, Rui Falcão, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Mores, prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além do ex-ministro da Casa Civil, Jacques Wagner.
No entanto, a conversa que mais repercutiu foi de Lula com a presidente Dilma. Em uma das ligações, ela afirma que está mandando um termo de posse para o petista e o orientou a só usá-lo “em caso de necessidade”. Além disso, em outra oportunidade, ele conta para a presidente como foi o depoimento no último dia 4, quando foi levadO coercitivamente.
Conversa entre Lula e Rui Falcão (presidente do PT)
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Em um dos áudios, Lula conversa com o presidente do PT, Rui Falcão. Na conversa, o líder do partido afirma que o discurso do ex-presidente no diretório da sigla, após depoimento à PF, deu a entender que ele seria candidato em 2018. “Eu quero que se foda. O Datafolha amanhã, com toda a merda, vai publicar pesquisa que eu fui o melhor presidente da história do Brasil”, responde.
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Conversa entre Lula e Vagner Freitas (presidente da CUT)
Um dos interlocutores mais frequentes de Lula é o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. No diálogo, o líder da CUT se mostra irritado com os rumos do governo. “Os caras (Jaques Wagner e Ricardo Berzoini) estão achando que está tudo muito bem, que o mundo está uma maravilha. Mas todo nosso projeto foi derrotado”, afirma Freitas. Ao fim do diálogo, eles marcam uma conversa para a segunda-feira seguinte. “O pessoal na CUT está muito nervoso. Estou te alertando porque está ficando impossível”, completa.
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Conversa entre Lula e Eduardo Paes (prefeito do Rio de Janeiro)
Em uma das ligações, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, comenta a condução coercitiva de Lula. Ele também falou sobre a delação de Delcídio do Amaral e sobre o caso do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. “Agora, da próxima vez o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre comprando ‘esses barco de merda’, ‘sitiozinho vagabundo’, puta que me pariu!”, comentou, dando a entender que os mesmos pertenciam ao ex-presidente. Lula deu risada ao telefone.
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Conversa entre Lula e Roberto Teixeira (advogado)
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Há também muitas conversas de Lula com Roberto Teixeira. Em uma delas, o advogado e compadre do ex-presidente conversa com ele sobre as investigações do Ministério Público de São Paulo que tinham como alvo o tríplex do Guarujá no dia 9 deste mês.
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Conversa entre Lula e Alberto Carlos (cientista político)
O cientista político Alberto Carlos Almeida, autor do livro “A Cabeça do Brasileiro” também conversou com Lula durante o período em que o telefone foi grampeado. No diálogo, o ex-presidente comenta que jamais iria para o joverno como forma de se proteger. “A coisa mais simples que ela (Dilma) tem de fazer é liberar financiamento para governadores e fazer o BNDES liberar dinheiro do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], do PIL [Programa de Investimento em Logística], da puta que o pariu”, afirma.
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Conversa entre Lula e Jacques Wagner
Em ligação para o então ministro da casa Civil, Jacques Wagner, Lula fala sobre a presidente Dilma. “Ela sabe que nós somos o Exército dela. Não tem muito o que ficar… Sabe? É que nem a mãe da gente: faz comida, a gente não gosta, mas come”, comparou o ex-presidente.
Eles ainda comentaram sobre a votação do projeto de lei que permite reduzir o peso da Petrobras na exploração do pré-sal. Wagner comenotu que a ordem à bancada petista era “não dar o Serrra”, citando o autor do projeto, José Serra, do PSDB.
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