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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Otto Tesche: “Rodovias precárias e caras”

Estrada que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul ainda tem um trecho de 23 quilômetros sem pavimentação

O verão marca o período de férias de grande parte da população. E desta forma, muitos pegam a estrada para ir às praias, balneários ou visitar os parentes. Nesta época também começa a se intensificar, aos poucos, o transporte da colheita de tabaco para as indústrias. E mais uma vez o que se vê são rodovias sem as melhores condições para um passeio tranquilo ou para a safra chegar sem percalços ao destino. Sai ano, entra ano, alguns trajetos mostram melhorias, mas outros ficam cada vez piores.

As estradas são os caminhos por onde circulam nossas riquezas e, acima de tudo, vidas. Por isso é difícil compreender o descaso com a situação da nossa malha viária. Não basta todo o cuidado dos motoristas, é necessário ter uma boa dose de sorte para sair com o veículo ileso ao trafegar nas rodovias esburacadas, com desníveis, sinalização precária, vegetação tomando conta da pista, entre outros problemas. A isso se somam as barbeiragens e loucuras que alguns condutores fazem quando estão ao volante.

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Exemplos do descaso não faltam na região. Na RSC-471, entre Encruzilhada do Sul e Canguçu, uma via que é corredor de exportação, há trechos que viraram uma colcha de retalhos de tantos remendos. Em alguns trajetos até houve a recapagem da pista, mas nos mesmos segmentos há partes que foram “esquecidas”, com buracos profundos ou com o asfalto sumindo aos poucos. E na RSC-153, de Vera Cruz a Barros Cassal, apesar de ter apenas 12 anos e das tantas promessas de melhorias, a cada dia surgem novas queixas sobre problemas. Nesta semana, uma carreta perdeu parte da carga de trigo ao passar sobre um desnível na pista e, em consequência, um veículo que vinha atrás perdeu o controle e desceu o barranco.

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Novos governos começam agora os mandatos e é importante que coloquem as melhorias nas estradas entre as prioridades. É quase impossível pegar uma rodovia da região sem algum problema de conservação, seja com pedágio ou não. Pagamos muito caro para trafegar por estradas que aumentam ainda mais os gastos com os veículos. É imposto na compra do automóvel, no combustível, nas peças da manutenção, pedágio, IPVA, entre tantos outros.

E como explicar três décadas de obras para o asfaltamento da ERS-403 (Rio Pardo – Cachoeira do Sul) e continuar sem perspectiva de conclusão?

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A luta por melhorias nas nossas estradas não pode ficar na mobilização apenas dos usuários de cada trecho. Afinal, a má conservação de determinada rodovia afeta o desenvolvimento de toda a região. Então, entidades representativas de todos os segmentos, tanto públicas quanto privadas, precisam se unir e cobrar de todas as formas possíveis o compromisso do governo de recuperar com urgência os trajetos precários e cuidar para que as demais partes não se deteriorem e ofereçam sempre segurança e boas condições de trafegabilidade, sob quaisquer condições de tempo. O bom estado das estradas é essencial para a logística de qualquer nação. Isso é fundamental para garantir a melhor segurança possível e proporcionar melhor eficiência no transporte.

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