Fora de Pauta

Otto Tesche: nosso respeito aos professores

Não há como discordar de que somos o que somos graças aos nossos pais e aos professores. Os primeiros por terem dado a luz e nos ensinado a caminhar. E os mestres, por terem aberto as portas e janelas para o mundo.

Por isso, são (e devem ser) lembrados por toda a vida pela importância na nossa formação. E, especificamente em relação aos professores, que têm sua data comemorativa neste domingo, alguns guardamos de forma mais especial na nossa memória pela dedicação e influência na nossa trajetória.

Como não lembrar, por exemplo, do(a) primeiro(a) professor(a)? No meu caso, Ivo Novotny vinha todos os dias de Lambretta – depois com DKW – da cidade para dar aula na escola no interior de Três de Maio. Menos em dias de muita chuva, quando o barro vermelho na estrada impedia o deslocamento.

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Em meio ao futebol e outros jogos antes das aulas, bastava o primeiro sinal de sua proximidade após a curva para corrermos ao banheiro, lavar as mãos e formar fila diante da entrada da escola. Assim aprendemos as primeira letras, palavras, frases, contas e tanta coisa mais.

Em nossa trajetória, alguns permanecem marcados com mais evidência na memória pela forma com que nos influenciaram na vida escolar. Na área de Português e Literatura, por exemplo, as aulas de Jaime Cobalchini estimularam as descobertas por meio da leitura, de forma que fazíamos, entre colegas de sala, uma espécie de competição para ver quem conseguia ler mais livros.

E não dá para esquecer dos tantos exemplares de palavras cruzadas preenchidos na época. Omar Klein mostrou que os números e sinais da Matemática são apenas um problema quando não somos desafiados a resolver as contas com algum estímulo e metodologia atrativa. Martin Hasenack nos fez conhecer o mundo nas viagens pelos livros e atlas de Geografia, inclusive para saber onde ficavam e quais as características de países que estavam na disputa da Copa do Mundo de futebol.

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Já no período de formação superior, Adayr Tesche e Rozanne Adamy da Rosa foram fundamentais nas bases para se fazer um texto claro e objetivo, que qualquer leitor de jornal pudesse entender, por mais complexa que fosse a reportagem.

E depois, Jorge da Cunha me fez ser um curioso para saber sempre mais sobre a nossa história, alicerce da realidade atual. E Dinizar Becker para refletir sobre os fundamentos da economia e política do Estado e País, responsáveis pelo panorama das diferentes regiões do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Citei apenas alguns, mas todos os professores deixam sempre alguma marca na nossa formação. De alguns gostamos mais, outros menos, cada um tem seu jeito e seus métodos. O que não dá para desconsiderar é que eles têm papel fundamental para o desenvolvimento de qualquer país.

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A qualidade do ensino tem relação direta com o crescimento de uma nação. Então, é inconcebível o discurso de políticos sobre perspectivas de melhorias nos índices de desenvolvimento sem a valorização da educação.

Os professores têm papel fundamental em qualquer proposta de mudança da realidade de uma região. Por isso, aos mestres das salas de aula, nosso respeito sempre e que tenham o devido reconhecimento e condições de exercerem tão importante trabalho. O Estado e o País precisam com urgência de um grande salto na qualificação do ensino.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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