Otimismo e pessimismo

Em nosso meio social, percebo pessoas mais pessimistas do que otimistas. Creio que o quadro tenha se agravado pelas condições sanitárias e, entre outros motivos, pela insistência de certos meios de comunicação em privilegiar tragédias. Eventos desafortunados que são reiterados nas redes sociais. O que me faz sentir como se houvesse um arrendamento do pessimismo por parte desses meios de mídia, que embaça almas, aprisiona vidas.

Contemplando esse quadro, lembrei-me de um texto em alemão, lido há muito tempo, sobre o pessimista e o otimista que lhes conto aqui: An einem Sonntag im Sommer machen zwei Frösche einen Spaziergang. Froh springen sie durch Blumenwiesen und kommen bald an einem Bauernhof an. Am Haus war ein Keller offen. Sofort springen die Frösche in den Keller, auf einem Kartoffelhaufen. Froh springen sie weiter zum Weinfass, von den Äpfeln zum Sauerkraut, über Flaschen und Marmeladengläser, von einer Ecke zur anderen. Doch im Keller ist es nicht sehr hell, und so fallen beide in einen Topf mit Milch. Der eine Frosch denkt: “Jetzt ist alles aus, ich hab´s ja immer gewusst”. Nur einmal schwimmt er in dem Topf herum, verliert aber dann jede Hoffnung und ertrinkt. Er ist ein Pessimist. Der andere aber ist ein Optimist. Er schwimmt und schwimmt, denn er denkt: “Ich will weiterleben. Das Leben ist eine feine Sache”. Stundenlang bewegt er sich unermüdlich durch die Milch, und am Ende sitzt er todmüde, aber glücklich – auf einer Butterkugel.

Num domingo, durante o verão, dois sapos saem a passear. Alegres pulam por entre campos floridos. Sem tardar, chegam a uma propriedade rural. Na casa, há um porão aberto. Imediatamente, os sapos entram e pulam sobre um saco de batatas. Faceiros eles continuam pulando sobre o barril de vinho, sobre maçãs e cântaros de repolho azedo por sobre garrafas e vidros de Schmier, de um canto a outro. Como havia pouca luminosidade no porão, eles acabam por cair numa panela com leite. Um sapo pensa: “Agora terminou tudo, eu já sabia!”. Ele nada apenas uma vez no interior da panela e se afoga. Ele era um pessimista. O outro, no entanto, era um otimista. Ele nada, nada, pois pensa: “Eu quero continuar vivendo. A vida é coisa maravilhosa”. Durante horas ele nada incansavelmente por entre o leite e, ao final, está muito, muito cansado, mas feliz – sentado sobre uma bola de manteiga. (Para quem não sabe, manteiga se obtém batendo a nata do leite).

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O texto me faz pensar o quanto o otimismo é um importante fator para a resiliência, para a capacidade de superarmos dificuldades e situações difíceis e, com isso, crescermos e amadurecermos. No termo otimismo está imbricado um posicionamento positivo em relação à vida. Ser otimista é viver uma concepção de vida que nos faz ver em tudo o lado bom e belo, é ter assumido para si uma atitude confiante, é se afirmar positivamente e, para isso, cultivar um sentimento de gratidão pela vida que nos foi concedida viver aqui na Terra, nossa anfitriã, é um lindo presente.

Segundo especialistas, otimismo produz sentimentos positivos e, desse modo, alivia estresse e tem efeito antidepressivo. Também é conhecido que pessoas otimistas tendem a ter melhores condições de saúde e até mesmo desenvolvem uma imunidade mais elevada. Otimismo é um vasto campo para pesquisas, mas cultivar fé, cultivar gratidão e aprimorar nosso olhar para o belo, o positivo em nossas vidas, em nosso meio ambiente, é um bom caminho para desenvolvermos otimismo e perceber que a vida é bela.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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