No dia 11 de outubro, domingo, às 18h, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre volta a Rio Pardo para concerto depois de quase quinze anos sem se apresentar na cidade. O evento, promovido pela Ospa em parceria com o SESC-RS, acontece na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário e integra a Série Interior de apresentações. A regência é de Arthur Barbosa, maestro, violinista e compositor. No programa estão obras de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-179), Peter Warlock (1894-1930), Jean Sibelius (1865-1957), Béla Bartók (1881-1945), Astor Piazzolla (1921-1992), Tom Jobim (1927-1994) e Ramón Sixto Rios (1913-1995), além de composições do próprio Arthur Barbosa, o regente. A entrada é franca.
O programa começa com duas aberturas de óperas de Mozart. A primeira delas é a de “As bodas de Fígaro”, composta sobre libreto de Lorenzo da Ponte e estreada em 1786. A segunda, marcada pelo “estilo turco” que tomou corpo na produção de compositores de Viena no final do século XVIII, é a de “O Rapto do Serralho”. A sua primeira montagem, com libreto de Johann Gottlieb Stephanie Der Jüngere, estreou em 1782.
Na sequência, a orquestra revisita obra do britânico Warlock: a “Suite Capriol”, conjunto de danças compostas em 1926, inspiradas em temas renascentistas. O finlandês Sibelius, cujos 150 anos de nascimento são lembrados neste ano, também é homenageado no programa. Sua “Valsa Triste”, composta para a peça “Kuolema”, de Arvid Järnefelt, é a quarta obra da noite.
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A Ospa segue no ritmo da dança com as “Danças Romenas” de Bartók, compositor húngaro, pianista e investigador da música popular da Europa Central e do Leste. Ele escreveu o conjunto de peças breves, baseadas em temas folclóricos da Transilvânia, em 1915, e em 1917 adaptou-as para orquestra.
Depois, a latinidade toma conta do repertório com duas obras do regente do concerto, Arthur Barbosa: o “Tango Breve” e a “Valsa Piguancha”. A segunda é parte do musical “Chimango”, estreado pela Ospa no ano passado. Entre as duas composições, vai ser apresentada a “Melodia em lá” do argentino Piazzolla.
Já se encaminhando para o final, o destaque vai para um samba: o “Samba de uma nota Só” de Jobim. A canção ficou muito conhecida através do LP de bossa nova “Jazz Samba” (Getz/Byrd/Jobim), de 1962, ganhador do Grammy. Mas o clima argentino retorna na música em ritmo de chamamé que fecha o concerto: “Merceditas”, de Ríos, escrita na década de 1940.
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Arthur Barbosa, além de ser maestro, é violinista da Ospa há mais de 15 anos. Ocupa o cargo de Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Eleazar de Carvalho em Fortaleza e, também, atua como regente da Ospa Jovem em Porto Alegre. Em janeiro de 2015, foi nomeado pelo ministro da cultura do Brasil como um dos representantes da música nacional na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura. Recém retornou da experiência em Nova Iorque, onde regeu uma orquestra interpretando obras brasileiras, de Nepomuceno a Tom Jobim.
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