A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) realiza nesta terça-feira, 19, às 20h30, o quarto concerto do ano da Série Theatro São Pedro. O maestro convidado é Jacob Slagter, holandês que rege a orquestra pela segunda vez depois de um aplaudido concerto em 2015. Integram o programa da noite obras de Hector Berlioz (1803-1869), Pablo de Sarasate (1844-1908), Johann Baptist Neruda (1711-1776), Astor Piazzolla (1921-1992), Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Carl Nielsen (1865-1931).
O solista é o venezuelano Pacho Flores, trompetista vencedor do prêmio “Maurice André”, considerado o mais importante certame de trompete do mundo. Ele, que já esteve em Porto Alegre a convite da orquestra Unisinos Anchieta, faz sua estreia com a Ospa. O concerto inicia com a Abertura da ópera “Benvenuto Cellini”, do francês Berlioz. A obra, estreada em 1838, foi a primeira das cinco composições do gênero criadas por ele. Inspirada na trajetória do escultor italiano que leva o nome da peça, tornou-se uma das favoritas das salas de concerto por sua força e vivacidade.
Pacho Flores interpreta os solos de três obras. A primeira, “Ziguenerwiesen” de Sarasate, estreou em 1878 e reúne em suas referências as melodias das danças ciganas húngaras. Já “Concerto para Trompete em Mi bemol maior” do tcheco Neruda foi criado originalmente para a “trompa de caça”, e hoje é uma das obras tradicionais do repertório para o trompete moderno. Por fim, o primeiro movimento de um dos mais conhecidos trechos das “Bachianas Brasileiras” de Villa-Lobos: a de número 5.
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O solista, que também é membro fundador do Quinteto de Metais Simón Bolívar e diretor da Academia Latino-americana de Trompete na Venezuela, possui ainda outros importantes prêmios internacionais no currículo, como o “Philip Jones” e o “Cittá di Porcia”.
Além dessas obras, a orquestra completa o programa com a latino-americana “Invierno Porteño”. A peça de Piazzolla integra a coletânea “Cuatro Estaciones Porteñas”, que homenageia a capital argentina e é inspirada em Vivaldi.
A “Sinfonia nº 4” de Nielsen encerra a noite. Datada de 1916, recebeu o título de “A inextinguível” pelo que o próprio Nielsen escreveu no prefácio da partitura: “a música é vida e, como a vida, é inextinguível”. O maestro convidado para reger a orquestra, Jacob Slagter foi trompista solista da Orquestra Real do Concertgebouw, na Holanda, durante 28 anos, e há seis anos rege a Orquestra Sinfônica do tradicional Festival Internacional de Música do Pará.
Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Theatro por valores entre R$ 10 e 40. Mais informações pelo site www.ospa.org.br ou pelo telefone (51) 32227387.
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