Oscar, quem é que vai levar?

A 88ª edição da premiação do Oscar ocorrerá neste domingo, direto dos EUA, em Los Angeles, com apresentação do comediante Chris Rock. A cerimônia será transmitida no Brasil pelo canal a cabo TNT a partir das 20h30, com a cobertura do “tapete vermelho” feita pela top model Carol Ribeiro, com comentários de Domingas Person e Rubens Ewald Filho. Na tevê aberta, a Rede Globo transmite a entrega dos prêmios após o Big Brother Brasil, com apresentação de Maria Beltrão e comentários de Artur Xexéo e da atriz Glória Pires.

O filme O Regresso, de Alejandro Gonzalez Iñárritu, indicado em 12 categorias, é considerado o grande favorito da noite. Ele está em cartaz no Cine Santa Cruz e conta a história do mercador de peles Hugh Glass (interpretado por DiCaprio), que, após ser gravemente ferido, é abandonado por seus companheiros no extremo norte dos EUA, em pleno ano de 1823. Iñárritu recebeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor no ano passado com Birdman e tem grandes chances, novamente, em 2016. O longa brutal tem fotografia, trilha sonora e figurinos espetaculares, e foi rodado apenas com luz natural. DiCaprio está soberbo e merece, enfim, levar a sua estatueta para casa.

Filmes com mais indicações

A Garota Dinamarquesa, de Tom Hopper – Indicado em quatro categorias, é um filme lindo, com visual riquíssimo, que conta a história da primeira transexual a fazer uma cirurgia de redesignação de sexo, em 1920. Com atuações singulares, merece levar algum prêmio.

Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino – Indicado em três categorias, é o segundo faroeste do diretor e que definitivamente leva sua marca. Mostra um caçador de recompensa levando uma prisioneira para execução. Violento e recheado de humor negro, mas excelente.

O Quarto de Jack, de Lenny Abrahamson – Indicado em quatro categorias, é um dos melhores do ano. Uma história simples, mas com implicações gigantescas, que revela um drama com uma delicadeza sem par. Brie Larson merece levar a estatueta de Melhor Atriz.

Spotlight: Segredos Revelados, de Thomas McCarthy – Indicado em seis categorias, reconstitui o trabalho de um grupo de jornalistas que traz a público os casos de pedofilia dentro da Igreja Católica. Filme com bom ritmo e ótimas atuações.

Ponte dos Espiões, de Steven Spielberg – Indicado em seis categorias, conta a história de um advogado que defendeu e negociou a troca de um espião soviético por um piloto americano feito prisioneiro. Spielberg chegou a um patamar em que todos os seus filmes têm um nível de qualidade superior, mas este não se distingue especialmente. 

Brooklyn, de John Crowley – Indicado em três categorias, é um filme lindo sobre a jornada de uma imigrante irlandesa que tenta a vida na América. 

A Grande Aposta, de Adam McKay – Indicado em cinco categorias, mostra um grupo de investidores que previram a crise de 2008 e lucraram quando todos estavam perdendo.

Carol, de Todd Haynes – Indicado em seis categorias, trata do relacionamento entre uma vendedora e uma dona de casa em processo de separação, que tenta fugir de uma relação de conveniência.

Creed: Nascido para Lutar, de Ryan Coogler – Indicação de Melhor Ator Coadjuvante para Sylvester Stallone. Uma das melhores surpresas do ano, é um ótimo filme, com um Stallone que merece o prêmio.

Steve Jobs, de Danny Boyle – Indicado em duas categorias, é a cinebiografia bem-sucedida do criador da Apple. Kate Winslet merece a estatueta.

Ex-Machina, de Alex Garland – Indicado a duas categorias, é um filme que trata sobre robótica e inteligência artificial, mas sob um viés humano e ético. Roteiro fabuloso, filme surpreendente.

Perdido em Marte, de Ridley Scott – Indicado em sete categorias, mostra a luta pela sobrevivência de um astronauta deixado no planeta vermelho por sua equipe. Irreverente e cheio de conteúdo científico apurado.

Mad Max: A Estrada da Fúria, de George Miller – Indicado em dez categorias, foi um dos melhores filmes em 2015, sem sombra de dúvida. Mesmo assim, surpreendeu ao receber tantas indicações da academia.