Neste domingo, o auditório do Dom Alberto recebe a apresentação de acordeon com Oscar dos Reis. Ele estará acompanhado, ao violão, por Ricardo Martins. O encontro entre o acordeonista de Sertão Santana, há anos radicado em Caxias do Sul, com o violonista e intérprete de Santana do Livramento será reeditado, já que a dupla gravou um disco em dueto intitulado Chamamé, em 2009. O trabalho rendeu a indicação ao Açorianos de Música a Oscar dos Reis, no gênero instrumental. O espetáculo se inicia às 20 horas e o ingresso é um agasalho, que será doado à Copame posteriormente. A realização é de Elstor Beckenkamp, com o apoio da Confraria Nativista e do Dom Alberto.
Oscar dos Reis é considerado um dos melhores acordeonistas do mundo, o que se comprova pela espetacular técnica, virtuosismo e extenso currículo. Ele iniciou seus estudos de acordeon com o maestro gaúcho Antônio Carlos Borges Cunha. Em cursos realizados na academia Gnéssis, de Moscou, na Rússia, na Itália e na Espanha, aprofundou os conhecimentos nesse instrumento e passou a conhecer o bayan, uma espécie de acordeon russo.
Como professor, passou a difundir sua técnica para formar novos instrumentistas. Já tocou com orquestras, participou de festivais – como o de Corrientes, na Argentina, voltado ao chamamé, e o de Punta del Este, no Uruguai, direcionado ao jazz. Na sua discografia consta o Libertango, de 1999 (dedicado a obras de Astor Piazzolla), Suite Porteña, de 2002, e Eclético, de 2009. Dividiu o palco com nomes importantes da música regional gaúcha como Honeyde Bertussi, Os Serranos e Lúcio Yanel.
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A carreira de Ricardo Martins, iniciada aos 15 anos, é relevante através dos festivais nativistas. Já ganhou troféus em palcos importantes do Rio Grande do Sul, como na Califórnia da Canção Nativa, em Uruguaiana, e recebeu destaque pela destreza ao violão. O registro fonográfico que marca a trajetória desse artista é o disco duplo Coza de Loco, de 2008, uma releitura de temas já gravados em trabalho anterior com o mesmo título, com o acréscimo de outras composições, inclusive temas instrumentais. O CD foi indicado ao Açorianos de Música na categoria compositor regional. Apesar de ser um virtuose nas seis cordas, também gosta de abrir o fole de uma gaita botoneira. E já atuou como arranjador, como no disco Bem de Bem, do parceiro Pirisca Grecco. Além da música, Martins está vinculado às provas campeiras, com participações em competições de gineteadas e paleteadas.
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