Tomar empréstimo para comprar algum bem de maior valor ou para pagar contas virou solução normal para muitos consumidores, forçados a “se virar nos 30”, num ambiente de preços cada vez mais altos, dinheiro curto e muita conta pendurada. Mas, mesmo pessoas com bom controle financeiro ou prudentes na hora de gastar dinheiro ou assumir um financiamento, podem enfrentar situações em que a necessidade de dinheiro é imediata. Pode ser um problema de saúde, a substituição de algum eletrodoméstico, o conserto do carro, entre outras causas, algumas com custos elevados, ou simplesmente para sobreviver.
O ideal seria que as pessoas tivessem alguma reserva financeira para enfrentar imprevistos, evitando complicações no orçamento. Na prática, isso raramente acontece, sob os mais diversos motivos ou desculpas, sendo a principal delas de que os ganhos seriam muito baixos, o que muitas vezes é verdade. A solução, então, é pegar dinheiro emprestado. O de acesso mais fácil é o cheque especial, mas que, em contrapartida, cobra alta taxa de juros. Nesta mesma facilidade, está o rotativo do cartão de crédito, com juros altos também.
Além de outras linhas de crédito, como empréstimos pessoais junto a bancos e financeiras, com taxas de juros um pouco menores que o cheque especial e o cartão de crédito, existe a possibilidade de pedir empréstimos a pessoas físicas – familiares, colegas, amigos etc. – o que muitas vezes acaba mal, com a perda do relacionamento ou do dinheiro – é mais provável a perda de ambos. Um cidadão comentava que, ao ser questionado por não emprestar um valor em dinheiro a um amigo, respondeu que, se a amizade dependesse daquele empréstimo, preferia não tê-la.
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Para muitas pessoas que estão com o nome sujo e precisam de dinheiro rápido para alguma emergência, a saída é pedir empréstimo de agiotas. Por não seguir regras do mercado, pode ser um tipo de crédito fácil, com os agiotas até utilizando o Pix para agilizar a operação. Mas, existem motivos para as pessoas não apelarem a esse tipo de empréstimo:
Uma das modalidades de empréstimos pessoais em expansão é o crédito consignado. Caracteriza-se pelo desconto automático da prestação na folha de pagamento, aposentadoria ou pensão. Por contar com baixo índice de inadimplência e custo operacional menor, os juros cobrados são menores também, se comparados a outras linhas de crédito. Além de prazos dilatados e pouca burocracia na contratação, o empréstimo consignado se tornou uma das modalidades favoritas dos brasileiros. Contudo, o que era para ser um benefício, pode se tornar uma das principais formas de endividamento da população. Por isso, é preciso tomar muito cuidado na hora de contratar essa linha de crédito, conforme recomendações do presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos:
A procura por dinheiro extra para resolver problemas urgentes fez surgir, no ambiente virtual, o “golpe do empréstimo consignado”, que, no ano passado, cresceu 250%. Com os frequentes vazamentos de dados, as pessoas estão sujeitas a golpes e tentativas de fraudes, principalmente através de serviços digitais, como o WhatsApp. Pesquisas mostram que os idosos são as principais vítimas, não só de golpistas, mas também de instituições financeiras com o marketing agressivo e até de familiares. Cabe, então, alertar a essas pessoas a dobrarem os cuidados ao pedir ou ter oferecido algum empréstimo.
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Como se vê, há muitas alternativas para quem precisa de dinheiro, mas que exigem cuidados com os riscos envolvidos. Certamente, o crédito consignado pode ser a melhor opção para resolver alguma situação, desde que efetuada em estabelecimentos ou sites idôneos. Entretanto, mais importante é saber porque está se fazendo o empréstimo. Se for o caso, revisar os hábitos de consumo, rever e organizar as finanças, reduzindo, substituindo ou eliminando gastos.
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