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Greve

“Os professores não podem pagar a conta da incompetência do Estado”, diz professor de Encruzilhada

Foto: Leandro Porto

Professores se reuniram com a coordenadoria da 6ª CRE nesta manhã

Um grupo de professores, representando o comitê da greve dos professores e servidores de escolas da região, se reuniu na manhã desta terça-feira, 19, com o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura. No segundo dia de paralisações, a reunião buscava o apoio do coordenador à mobilização e a comunicação dos números atualizados de escolas paradas.

Um dos integrantes do grupo, o professor e vereador de Encruzilhada do Sul, Benito Paschoal, afirmou que, no município, 100% das escolas estão fechadas e os vereadores aprovaram uma moção de repúdio ao pacote do Governo do Estado.

“Vamos manter a greve e pressionar para que o Governo retire este projeto. Este pacote é um confisco do já miserável salário que os professores recebem, é extremamente nocivo. Os professores não podem pagar a conta da incompetência do Estado”, disse o professor, em entrevista à Rádio Gazeta nesta manhã.

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Conforme a coordenadora do 18º núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Cira Kauffmann, a adesão das escolas está crescendo em toda a região. “Nós estamos comemorando os resultados. Tendo estes números positivos, queria dizer também que estamos satisfeitos com o apoio de pais e alunos, que é muito importante. Passamos 200 dias por ano com as crianças, e cuidamos muito bem deles, e agora estamos pedindo que cada pai e mãe reforcem a nossa luta”, comentou.

Além da reunião com o coordenador da 6ª CRE, estão previstas outras ações de mobilização na região. Segundo Cira, nesta quarta-feira, 20, será realizado um encontro com vereadores da região, às 16h30, para articulações. Já na quinta, 21, o grupo deve se reunir com os deputados estaduais Edson Brum, Adolfo Brito e Kelly Moraes, para pedir que votem contra o projeto.

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Motivos
Entre os principais motivos para a greve, o Cpers/Sindicato destaca os 47 meses de salários atrasados e parcelados, os cinco anos sem reposição salarial e também o desagrado diante da reforma estrutural colocada pelo Governo do Estado.

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