Quem já perdeu um ente querido sabe o que representa a dor da saudade e da separação. Se uma perda já promove uma imensa onda de sentimentos que chegam a desestabilizar os seres humanos, imagine, então, a dor de um casal de Pinhalzinho, interior de Lagoão, que perdeu 13 filhos enquanto ainda eram crianças e que estão enterrados no antigo cemitério da localidade.
Quem por lá chega fica, no mínimo, impressionado pela quantidade de túmulo de crianças, todos muito próximos um do outro. São 13 anjos enfileirados, filhos de Ari Pereira e Florentina Palhano, já falecidos, mas que no passado enfrentaram muita tristeza, pois não conseguiram criar nenhum dos mais de 13 filhos que tiveram. Todos morreram logo depois do parto, mesmo sendo a mãe das crianças, filha de uma famosa parteira da época, chamada Rosalina, que era natural da região do Cerro-Preto, hoje município de Tunas.
Na época havia pouquíssimos médicos no interior esquecido da grande Soledade. A famosa parteira, que tinha feito mais de mil partos na sua trajetória, não conseguiu garantir a vida dos seus netos. Até hoje ninguém sabe precisar qual foi o real motivo da morte de nenhuma das crianças.
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Colaboração – texto/fotos: João Riél Manuel Vieira de Oliveira Brito
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DESTA SEXTA-FEIRA DO JORNAL GAZETA DA SERRA
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