As tragédias fazem com que tenhamos contato com o que há de melhor nos seres humanos. Pessoas de todas as partes do Estado têm encaminhado doações e disponibilizam-se a trabalhar na recuperação dos municípios mais atingidos pela cheia dos rios registrada na última semana. É gente que nunca viu os moradores do Vale do Taquari, que nem sabe onde são as cidades e coloca uma galocha, pega um rodo e não se incomoda em fazer força para auxiliar aqueles que estão atônitos diante de tantas perdas materiais e humanas.

O que tem sido visto, desde a quarta-feira passada, é algo que supera qualquer expectativa. São populares, empresas, instituições públicas e privadas erguendo as mangas e colocando, literalmente, a mão da lama, em nome da solidariedade. O gaúcho mostra que, sim, o restante do mundo pode espelhar-se em nossas façanhas, seguindo-as como modelo.

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Da mesma forma é possível perceber o empenho dos entes representativos do poder público, sobretudo aqueles mais próximos, como os prefeitos: Mateus Trojan, de Muçum; Amilton Fontana, de Roca Sales; Marcelo Caumo, de Lajeado; Elmar Schneider, de Estrela; Danilo Bruxel, de Arroio do Meio; Jonas Calvin, de Encantado; só para citar os municípios mais atingidos. Também, de forma efetiva, esteve presente e isso representa maior dinamismo da estrutura administrativa, o governador Eduardo Leite. Colocou o pé no lodo, deu abraço em quem precisava de abraço e anunciou medidas mais imediatas. Unidades do Exército também estavam lá, com centenas de jovens e maquinário, além de equipes de saúde. Não param por aí os que se mobilizaram e os que ainda vão mostrar sua capacidade de empatia.

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Mas, ao mesmo ponto que percebemos como as pessoas podem ser boas, vemos como há aqueles que nem podem ser chamados de humanos. São os que, agora, denomino “humanos fake”. Eles espalham mentiras, mesmo que não as tenham inventado; que tenham recebido o conteúdo e, sem nenhuma preocupação com a verdade, saem a espalhar. Exemplo é o vídeo de uma mulher dizendo que o presidente Lula pediu para segurar as doações à espera de que volte da Índia e possa acompanhar a entrega.

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Tão baixo quanto esse conteúdo é o que, quando deve ajudar em soluções, procura culpados, joga a responsabilidade da força das águas à abertura de comportas de barragens no Rio das Antas, que deságua no Taquari. Não se preocuparam, por exemplo, em saber que essas barragens não têm comportas a serem abertas. Quando há muita água, passa sobre a estrutura. Talvez essas criaturas não saibam, mas existe algo chamado “lei do retorno”, que um dia vai trazer todo esse mal que hoje propagam.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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