Polícia

Os detalhes da investigação da PF que identificou ladrão de agências bancárias no Estado

O trabalho de troca de informações entre delegacias da Polícia Federal terminou por fechar o cerco a um dos principais autores de furto a agências bancárias do Estado nos últimos tempos. Um homem de 44 anos, que cometeu seu último delito em Santa Cruz do Sul, está preso preventivamente no Complexo Prisional de Canoas.

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Ele foi identificado como autor de um furto mediante arrombamento em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) que fica na Avenida Deputado Euclydes Kliemann, no Bairro Arroio Grande, na madrugada do dia 2 de setembro. À PF de Porto Alegre, após sua captura, confessou ter levado notebooks e celulares iPhone do banco santa-cruzense.

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O caso gerou repercussão. Conforme o delegado Kléber Bicas Guedes, que chefiou a investigação, o homem coleciona ocorrências em sua ficha. “Foram cerca de 40 furtos e tentativas em agências de diversos bancos, em cidades também distintas. Ele já conhecia as fragilidades dos sistemas de segurança e tinha ciência do tempo que tinha para agir até a chegada da Brigada Militar, razão pela qual não era flagrado no local”, explicou o delegado.

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Segundo Kléber, o ladrão executava a ação criminosa, descartava as roupas que utilizava, trocava o produto do furto por drogas e ia dormir em hotéis. Naquela mesma madrugada em Santa Cruz, uma segunda agência bancária, na esquina das ruas Marechal Floriano e Ramiro Barcelos, no Centro, teve o alarme e sistema de cortina de fumaça acionados. Nada foi levado, mas a suspeita é de que a tentativa de invasão tenha sido cometida pelo mesmo autor.

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Crimes para sustentar o consumo de drogas

De acordo com o delegado Kléber Bicas Guedes, o investigado tinha uma vida comum, com esposa e filho, e trabalhava em uma empresa de extintores da família na Região Metropolitana de Porto Alegre. Contudo, já era usuário de drogas, principalmente de crack. “Até em razão dessa condição de saúde, acabou abandonando o emprego e passando a se dedicar a furtos em agências bancárias para sustentar seu vício”, disse o agente federal.

O homem teria vindo a Santa Cruz no fim de agosto, pois tem parentes na cidade. Foi quando cometeu o delito. No dia 21 de setembro, de volta a Porto Alegre, sabendo que a PF estava em seu encalço após a divulgação de imagens de um crime que cometera na Região Metropolitana, foi a um posto de combustíveis na Avenida do Forte, Bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre. No local, disse a um frentista que estava foragido. Uma guarnição da Brigada Militar foi acionada e efetuou a prisão. Ele revelou que, após o delito em Santa Cruz, foi a pé até uma vila em um bairro da Zona Sul e trocou os eletrônicos furtados por drogas.

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“Ele acabou se entregando, dizendo estar disposto a se recuperar do vício e ciente dos riscos que corria, ocasião em que admitiu inclusive a ação na CEF em Santa Cruz. Pelas imagens, já sabíamos que o autor era ele. Agora, aguardamos o resultado de exames periciais como complemento à confissão para concluir o inquérito”, ressaltou o delegado Kléber. Ele vai responder por furto qualificado, com a qualificadora – dispositivo que pode elevar a pena – de arrombamento.

Furto de armas na Região Metropolitana

A Gazeta do Sul conversou também com o delegado Tamir da Costa Gutierri, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da Superintendência da PF do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre. Ele detalhou o histórico de ocorrências do homem de 44 anos, que já era investigado por uma série de furtos consumados ou tentados em bancos da Região Metropolitana.

Parte das evidências foi comprovada em imagens de câmeras, mas também houve perícia papiloscópica feita pela PF, em que digitais do acusado foram identificadas. Um dos casos gerou mais preocupação à polícia. O homem de 44 anos havia furtado três revólveres dom interior de uma agência bancária da Grande Porto Alegre, e terminou vendendo essas armas na periferia da Capital. Também foi alvo de uma investigação da 3ª Delegacia de Polícia (3ª DP) de Porto Alegre, por delitos semelhantes.

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Conforme o delegado da Delepat, ele tem ex-companheira e filho em Santa Cruz, e estava passando por cidades como Vera Cruz e Lajeado. “Nossa preocupação aumentou à medida que ele passou a sair da Região Metropolitana e cometer delitos no interior, como este em Santa Cruz, que causa um prejuízo grande. Além do dano à estrutura das agências, há os furtos, principalmente de eletrônicos, que ele fazia. Mas felizmente conseguimos efetuar essa prisão”, enfatizou Gutierri. O nome do suspeito foi mantido em sigilo pelas autoridades policiais.

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