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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Os caminhos que se abrem com a duplicação da RSC- 287

Líderes apostam que obra, garantida no contrato assinado por Leite, vai fortalecer empresas locais e atrair novos investimentos

Festejada como uma conquista histórica para o Vale do Rio Pardo, a assinatura da nova concessão da RSC-287, na última terça-feira, abre, na visão de lideranças políticas e empresariais, perspectivas promissoras em termos de crescimento econômico nos próximos anos. A avaliação é de que a obra de duplicação, prevista no contrato firmado com o grupo Sacyr, pode ser um ponto de inflexão no que toca ao desenvolvimento da vocação logística da região.

O contrato prevê a duplicação dos 204,5 quilômetros entre Tabaí e Santa Maria. A obra, porém, será feita em etapas, começando pelos trechos urbanos. O cronograma prevê que os primeiros serão o de Santa Cruz e o de Tabaí (no terceiro ano de concessão) e depois os de Candelária, Novo Cabrais, Paraíso do Sul e Santa Maria (no quarto ano).

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Depois terá início a duplicação dos trechos rurais. O primeiro será entre Tabaí e Santa Cruz, no sexto ano. Isso significa que até 2028 será possível ir de Santa Cruz a Porto Alegre utilizando praticamente apenas rodovias duplicadas. “Esse é o trecho mais problemático em termos de congestionamento. Isso vai ser sentido até Santa Maria”, observa o vice-presidente administrativofinanceiro da Associação Comer cial e Industrial de Santa Cruz (ACI), Lucas Rubinger.

Em um segundo momento, serão duplicados o trecho entre Santa Cruz e Candelária (até 2030) e entre Candelária e Novo Cabrais (até 2031). Com isso, a rodovia estará 65% duplicada (133 quilômetros) no nono ano de concessão, o que inclui o trecho mais movimentado, entre Tabaí e Candelária. Já os trechos entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul e de Paraíso do Sul a Santa Maria serão duplicados apenas entre o 19º e 21º ano de concessão.

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Para o presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz (Assemp), Fábio Borba, a ampliação da rodovia representará um ganho não só em segurança e preservação de vidas, mas também um incentivo a distribuidoras e indústrias que precisam escoar seus produtos para todo o Estado. Devido à distância privilegiada de todos os principais mercados do Rio Grande do Sul, o potencial logístico há anos vem sendo apontado como um caminho para a almejada diversificação produtiva e consequente redução da dependência da cadeia do tabaco.

De acordo com Borba, além de favorecer o transporte das cargas produzidas pelas empresas locais, o que garante ganhos de competitividade, a presença de uma estrada duplicada tende a ser um diferencial para atração de novos investimentos. “Certamente, as empresas vão olhar para Santa Cruz e região com outros olhos para instalação de suas sedes”, disse. A facilidade de acesso também pode, na visão dele, fomentar o turismo, outro setor historicamente subaproveitado na região.

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Assista os principais momentos da live de assinatura do contrato de concessão da RSC-287

Mobilização começou há mais de uma década

Garantida no contrato assinado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), a duplicação da RSC287 vinha sendo perseguida por mobilizações empresariais e da sociedade civil do Vale do Rio Pardo há mais de uma década. A rodovia começou a ser construída em meados da década de 1970 e os sinais de esgotamento da sua capacidade começaram a aparecer ainda na virada dos anos 2000. Desde então, a defesa da ampliação se tornou uma pauta permanente de entidades, da imprensa e das forças políticas da região, que enfrentaram a burocracia estatal e a descontinuidade gerada pela constante alternância na gestão pública.

Um marco importante da batalha pela duplicação se deu em abril de 2008, com a criação do projeto da Associação Santa Cruz Novos Rumos. Conforme o expresidente da entidade, Flávio Haas, desde o princípio a associação elegeu a vocação logística como prioridade na busca pela diversificação econômica. E o investimento na RSC-287 sempre foi tratado como primordial. “Certamente aquele movimento contribuiu para que, com forte envolvimento das lideranças empresariais e comunidade política, conquistássemos essa etapa, que é a concessão e a consequente duplicação nos próximos anos”, destacou.

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