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Os caminhos da investigação sobre furto que causou prejuízo de R$ 130 mil a loja de Candelária

Câmeras de segurança flagraram a movimentação dos criminosos. Aparelhos furtados foram colocados em mala pelos bandidos

Uma investigação minuciosa, traçada em sigilo pela Polícia Civil, desvendou por completo um crime que causou grande prejuízo a uma empresa de Candelária. Seis integrantes de uma organização criminosa foram identificados e indiciados como envolvidos no arrombamento da loja On Digital em 19 de dezembro do ano passado, quando dezenas de celulares e outros eletrônicos foram furtados, totalizando um prejuízo de cerca de R$ 130 mil ao estabelecimento.

Na data, a quadrilha invadiu a On Digital às 2h22 da madrugada. Três dos criminosos levaram a grande maioria dos aparelhos que havia na loja especializada em linhas da Apple e Xiaomi. Eles colocaram os itens em malas e fugiram em um veículo que era dirigido pelo quarto comparsa. Conforme o delegado Tiago Bittencourt, que chefiou a investigação, o rastro dos bandidos passou a ser traçado a partir dos próprios itens levados por eles.

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“No dia do furto, a gente conseguiu identificar apenas o modelo do veículo utilizado, não deu pra ver a placa. Na sequência das investigações, passamos a monitorar alguns dos telefones furtados e identificamos que eles haviam sido vendidos para terceiros”, explicou. Em janeiro, a Delegacia de Polícia (DP) de Candelária identificou duas pessoas que estavam usando dois aparelhos furtados.

Elas estavam nos municípios de Tupandi, no Vale do Caí, e Cidreira, no Litoral Norte. “A partir disso, solicitamos mandado de busca na residência dessas pessoas e conseguimos apreender os dois aparelhos. Identificamos onde eles haviam sido comprados e chegamos até uma loja no município de Novo Hamburgo”, detalhou o delegado. O estabelecimento na cidade da Região Metropolitana, administrado por um casal, não aparentava irregularidades.

Loja de Candelária sofreu grande prejuízo
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Tinha de fato um ponto físico, com registro e sede regular. Contudo, em um mandado de busca e apreensão, foram encontrados outros dois aparelhos e três caixas que correspondiam a celulares furtados. Para garantir um eventual ressarcimento aos proprietários do estabelecimento de Candelária, a Polícia Civil apreendeu o carro do dono da loja de Novo Hamburgo, que está sob sequestro judicial.

Polícia pediu prisões, mas a Justiça negou

Também no mandado de busca e apreensão cumprido na loja de Novo Hamburgo, a DP de Candelária apreendeu o celular do empresário. “A partir desse aparelho, identificamos quem revendeu os celulares para ele e os quatro indivíduos que praticaram os furtos em Candelária. No curso da investigação, também localizamos celulares espalhados pelos municípios de Caxias do Sul, Porto Alegre e São Leopoldo”, comentou o delegado Tiago Bittencourt.

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Os quatro autores do crime na loja de Candelária já possuem antecedentes policiais, e três deles têm registros específicos de furto mediante arrombamento a estabelecimentos comerciais. “Todos têm passagem pelo sistema prisional. Os antecedentes demonstram que eles integram um grupo que reside na Região Metropolitana e pratica furtos pelo interior do Estado”, salientou o chefe da DP de Candelária.

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Bittencourt acredita que os autores tenham escolhido o alvo por meio da internet. Pela farta quantidade de provas, antecedentes por crimes semelhantes e passagem pelo sistema prisional, o delegado Tiago Bittencourt solicitou a prisão preventiva dos suspeitos. Contudo, o juiz Celso Roberto Mernak Fialho Fagundes, da Vara Judicial de Candelária, não autorizou as capturas. Dessa maneira, os quatro permanecem em liberdade.

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“Investigação foi trabalhosa”, diz delegado

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A qualificadora foi elencada por terem cometido o crime no exercício de atividade comercial. Os nomes dos seis envolvidos foram mantidos em sigilo. A apuração complexa, que se estendeu por sete meses e indiciou as seis pessoas, contou com oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Tupandi, Cidreira, Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo.

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Juntando com os pedidos de interceptação telefônica, sequestro de bens e prisões, foram dez representações ao Poder Judiciário. “A investigação foi trabalhosa para nós, porque demandou muitas diligências, algumas fora da cidade, em que fomos cumprir, outras que precisamos articular com delegacias de outros lugares do Estado”, disse o delegado Tiago Bittencourt.

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“Além disso, essa investigação concorreu com todo o nosso expediente normal, e foi um inquérito tocado por dois policiais que me auxiliaram. De dezembro para cá, ainda tivemos que interrompê-la para nos debruçarmos em muitos casos graves, como cinco homicídios, feminicídio, latrocínio tentado e tráfico de drogas. Então, tivemos que nos desdobrar para atender a tantas demandas e concluir essa investigação”, explicou o chefe da Polícia Civil de Candelária.

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