Santa Cruz do Sul passa a contar com uma inovação na área de ortopedia. A empresa Muni + Fix It (Rua Galvão Costa, 86) oferta órteses do plástico biodegradável ácido poliláctico (PLA), importado dos Estados Unidos, para substituir o uso do gesso na imobilização de membros e articulações.
A Fix It é uma startup que utiliza impressão 3D para desenvolver as peças, produzidas a partir do bagaço da cana-de-açúcar, milho e beterraba. São 20 modelos no catálogo, para variados tipos de lesão. A novidade foi trazida para o público santa-cruzense pela enfermeira Fernanda Bastos, proprietária da Clínica Imuniza. O contato da central de relacionamento é pelo número 9 8181 9191 e no @munifixit nas redes sociais.
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O objetivo da Fix It é oferecer mais conforto e liberdade para o tratamento. Em comparação com o gesso, as peças são mais leves, arejadas e sem possibilidade de provocar alergias. Possuem um belo design e podem molhar, características que facilitam a realização de atividades cotidianas. Além disso, as órteses são de fácil moldagem anatômica, com tamanhos ajustáveis e instalação imediata no local afetado.
A Fix It foi fundada em 2015 pelo fisioterapeuta Felipe Neves e o biomédico Herbert Costa, em Natal, no Rio Grande do Norte. A health tech ganhou vários prêmios de inovação, participou do Shark Tank – o reality show de startups – e foi acelerada pela ACE e pela Braskem Labs. No ano passado, captou R$ 1,5 milhão de investimento semente, em uma rodada que incluiu a Unimed VTRP e um grande player da área de saúde que prefere não revelar a identidade. Neves busca captar R$ 3 milhões para conseguir viabilizar a expansão para a África, Europa e Estados Unidos. A previsão é chegar a 160 licenças até o fim do ano. O serviço é licenciado para clínicas, consultórios e hospitais e até no formato de lojas em shopping, o que já ocorre em Marília (SP) e Balneário Camboriú (SC).
Como funciona
O paciente é encaminhado para a Muni + Fix It pelo ortopedista. Mas há uma linha de prevenção, para problemas como tendinite e síndrome do túnel do carpo. “As pessoas que trabalham muito tempo no computador ou em atividades de movimentos repetitivos, como cabeleireiros e massagistas, podem utilizar as órteses para prevenir, sem prescrição médica”, destaca Fernanda Bastos.
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Na clínica, após a avaliação, um software transforma as medidas dos membros do paciente a serem imobilizados em um arquivo para a impressora 3D. O cliente recebe a órtese em até três dias. De acordo com Fernanda, os custos variam entre R$ 100,00 e R$ 300,00. A peça é personalizada, ou seja, tem a cor de preferência e recebe o nome do usuário. “É uma solução excelente para evitar o desconforto do gesso, que é muito pesado e limita a pessoa”, complementa.
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