Há poucos dias, lembramos da tradicional indústria de balas Berbau. Agora, os leitores Renate e Eloy Junges (filha e genro do fundador Carlos Bergel) nos encaminharam detalhes das raízes dessa empresa que tanto orgulhou Santa Cruz do Sul.
Carlos nasceu em 1900 em Teutônia e aprendeu o ofício de doceiro em Estrela. Lá, casou-se com Maria Lucilla Eckert. Pouco depois foram morar em Ijuí, onde passou a trabalhar com seu irmão Henrique Bergel, que estava iniciando a indústria de balas Soberana.
Em 1935, ele e a esposa decidiram trabalhar por conta própria e abriram uma pequena indústria de caramelos em Santa Cruz. A fábrica e a residência eram na Avenida Euclydes Kliemann, onde hoje é o Barbaridade.
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A primeira bala produzida foi a Baiana (de coco). Carlos vendia pela redondeza, a pé ou de charrete. Dois anos depois, a família veio morar no Centro, na Rua Ramiro Barcelos, 766 (em frente ao Supermercado Miller). Nos fundos, havia um anexo onde foi instalada a fábrica.
Com o sucesso dos produtos, Bergel decidiu ampliar o empreendimento e buscou um sócio. Em 1939, seu amigo Victor Frederico Baumhardt entrou no negócio. Aí nasceu a Bergel & Baumhardt, com a sigla Berbau (junção da primeira sílaba dos sobrenomes dos sócios).
A indústria cresceu rápido e os sócios buscaram um prédio mais amplo, na Rua Senador Pinheiro Machado, 615 (onde hoje fica a loja Utilitá). Em pouco tempo, compraram o terreno na esquina da Senador Pinheiro com Tenente Coronel Brito, onde foi construída a nova e moderna sede da Berbau.
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Carlos Bergel foi químico licenciado e criou 40 tipos diferentes de balas. Victor era perito contador e técnico industrial. Desde 1986, a planta está realocada em Erechim e a marca pertence à indústria Munarfrey.
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