Um dos assuntos que geraram polêmica na Câmara de Santa Cruz, recentemente, foi a rejeição do projeto do vereador Rodrigo Rabuske (PTB), que previa a instituição da educação financeira no currículo da rede municipal. O texto recebeu votação negativa, por ser considerado inconstitucional, pois teria vício de origem. Isso quer dizer que a definição do conteúdo a ser aplicado nas escolas é responsabilidade do Executivo, tendo como parâmetro a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De qualquer forma, as instituições locais já contam com esse tipo de ensinamentos.
Entre as iniciativas está a formação Educação Empreendedora. A ação integra a proposta do programa Cidade Empreendedora, realizada em parceria entre a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e o Sebrae. Por meio dela, a Secretaria de Educação promove a formação de supervisores escolares da rede municipal. Segundo a coordenadora pedagógica da Educação, Angelle Vargas do Nascimento, são realizadas oficinas que tratam sobre empreendedorismo, educação financeira, letramento digital, socioemocional, gestão escolar e professores do futuro.
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São seis turmas de formação com 30 vagas cada uma. Três delas ocorrem no segundo semestre e as outras serão oferecidas em 2024. Nas instituições de ensino são realizados projetos pontuais, como é o caso da Cooperativa Escolar Paredão dos Sonhos na Escola Municipal Felipe Becker, no Distrito Alto Paredão. A atividade segue a linha de educação financeira e empreendedorismo e começou por meio de uma parceria com o Sicredi Vale do Rio Pardo, ainda em 2021.
Alunos do 6º ao 9º anos foram os 25 sócios-fundadores da organização estudantil, que contou com todos os trâmites, como a elaboração de um estatuto social, feito por estudantes, com auxílio de assessores pedagógicos vinculados ao cooperativismo. Eles definiram, nesse regramento, instituir a participação em eventos que possibilitem a aprendizagem nas áreas de gestão financeira e empreendedorismo.
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A Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Branco, em Linha Saraiva, desenvolve iniciativa bem-sucedida que une questões ambientais e econômicas. De acordo com a vice-diretora, Silvia Marli Gollmann Schwerz, o projeto socioambiental “Trocando material reciclável por ‘dinheiro’” existe desde 2019, quando foi lançado, entre os alunos, professores e funcionários, concurso para definir o nome de uma moeda fictícia. “O vencedor foi o nome Real Rio Branco (RRB$)”, conta.
Por meio dessa iniciativa é captado material reciclável, que é entregue contado e identificado com a quantidade e tipo. De acordo com o volume, é feita a troca por notas de RRB$. Por exemplo, 35 latinhas de alumínio podem ser trocadas por RRB$ 2,00. As notas do Real Rio Branco, por óbvio, têm validade somente dentro da escola e podem ser trocadas por produtos disponíveis na loja montada no colégio. “São disponibilizados material escolar, jogos pedagógicos e brinquedos”, ressalta Silvia.
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O projeto é uma ação contínua de troca de materiais pelo dinheiro fictício, que permite poder de compra para os estudantes. “Quem poupar mais poderá comprar itens de maior valor disponíveis na loja da escola”, observa a vice-diretora.
Além disso, todo material coletado pela instituição de ensino é posteriormente vendido a pequenas empresas que trabalham com a reciclagem desses resíduos. Dessa forma, a comunidade escolar consegue auxiliar o meio ambiente, além de orientar os alunos sobre formas de guardar e investir recursos.
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A rainha da Holanda, Máxima Zorreguieta Cerruti, encontrou-se, no início deste mês, com estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental e professores de uma escola pública, que participam, desde 2020, do Aprender Valor, programa de educação financeira do Banco Central (BC). No pátio da escola, a rainha ouviu depoimentos de crianças sobre como elas e a família gastam e poupam recursos, com base no que aprenderam em sala de aula. Máxima participou também de uma sessão de perguntas e respostas, em que os estudantes questionaram como a educação financeira pode protegê-los contra dificuldades e possibilitar investimentos no futuro.
Em resposta, a rainha falou sobre o papel dos estudantes como agentes multiplicadores de conhecimentos sobre finanças. Ela destacou que o dinheiro poupado permite realizar desejos de compras, ter crédito e oferece segurança, em caso de imprevistos. “O maior desafio de todos é convencer vocês, que são o futuro, a ter essa inclusão financeira e poupar. Porque, quando você tem a inclusão financeira, as compras acabam sendo fáceis. Mas é muito importante você guardar dinheiro para o futuro para poder, realmente, seguir os sonhos no longo prazo”, disse Máxima.
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Desde 2009, a rainha é assessora especial da Secretaria-Geral das Nações Unidas (ONU) para o Financiamento Inclusivo para o Desenvolvimento, por meio da educação, e a democratização bancária para melhorar a vida das pessoas. Escolas interessadas em ter o programa podem acessar o site.
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