Enquanto ajeitam carinhosamente a pequena Carolina na poltrona reversível, no banco de trás do carro da família, Gicele Fernandes de Arruda e Diogo Enrique de Arruda ainda parecem extasiados frente à candura e calma expressos no rosto da filha. “Toda atenção é pouca com o nosso anjo”, afirma o pai-coruja de 37 anos, que trabalha como consultor de vendas em Santa Cruz do Sul.
Ainda amamentado a pequena Carolina, a auxiliar administrativa Gicele, que aos 32 anos realizou um dos sonhos da sua vida ao ser mãe, corrobora e mantém vigilância firme no dia a dia da filha. “O Diogo deixa ela na escolhinha, e busca no fim da tarde. Conversamos por Skype o dia todo, principalmente nos horários em que ele deixa a Carolina lá. É uma maneira de ficarmos em alerta”, explica.
A preocupação constante de ambos tem seus motivos. Em menos de uma semana, o Brasil assistiu a três casos de crianças que acabaram morrendo tragicamente, esquecidas por horas sem ninguém prestar auxílio em automóveis. Os três casos aconteceram na Região Sudeste: uma no Rio de Janeiro, outra em Minas Gerais e a terceira e em São Bernardo do Campo. As três crianças tinham dois anos. Nos dois últimos, foram os pais que esqueceram os próprios filhos nos automóveis. No terceiro, a condutora de uma van ilegal acabou deixando a menor desamparada. “Ler isso nos deixa mais espertos ainda, pra que nada aconteça com a nossa filha”, garante Diogo.
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