Ainda que na reta final do período eleitoral os candidatos busquem dar visibilidade máxima às suas campanhas para “caçar” os indecisos, o movimento nas gráficas de Santa Cruz do Sul continua pequeno se comparado com pleitos anteriores. A crise econômica e as restrições da nova lei eleitoral derrubaram a demanda por materiais de campanha nas eleições deste ano. Em comparação a 2012, as empresas registram quedas que chegam a variar entre 40% e 50%.
A nova legislação eleitoral impôs uma série de restrições à propaganda eleitoral, como a proibição de cavaletes e cartazes em locais públicos. Conforme o proprietário da Garten Sul, Jeferson Schmechel, além desses fatores, o encolhimento dos orçamentos das campanhas reflete diretamente na demanda. “O que afeta é a falta de dinheiro mesmo. Alguns candidatos e partidos esperavam aumentar a arrecadação para solicitar mais, o que não aconteceu”, revela Schmechel.
Somente na Garten Sul, que atende municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari, a diminuição da produção chegou a cerca de 40% em comparação a 2012. De acordo com Schmechel, até agora foram impressos quase 5 milhões de cópias, número considerado pequeno pelo proprietário.
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A demanda mais intensa ocorreu, ainda conforme o empresário, nos primeiros dias da corrida eleitoral, quando os turnos de trabalho tiveram que ser ampliados. Em eleições anteriores, porém, as empresas chegavam a contratar funcionários temporários, o que dessa vez não foi necessário.
Nem a reta final da disputa ajudou este ano
Em eleições anteriores, a reta final do pleito, assim como os primeiros dias da corrida eleitoral, era marcada por um ritmo intenso de trabalho nas gráficas. Entretanto, a produção de material de campanha nesse período também decepcionou. Em algumas empresas está reduzido e em outras, praticamente parado. “A expectativa era que nos últimos dias pudesse ter demanda maior, mas acabou não se concretizando”, afirma o proprietário da Garten Sul.
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Na Graffite Papelaria e Gráfica Expressa, a diminuição da demanda não foi drástica, mas também ocorreu. “Como nós nunca fizemos cartazes e cavaletes, estamos com a demanda bem parecida com a de 2012. Mas foi abaixo do previsto”, revela o proprietário da empresa, Vilson Jorge Fengler. A sócia-proprietária da Gráfica Recor, Mosa Cortez, afirma que a queda na empresa chega a 50%. “Desde o começo notamos que havia uma demanda menor, mas a campanha deste ano nos surpreendeu pela baixa produção”, salienta.
O que resta é o santinho
O encolhimento da propaganda é visível nas ruas. Mesmo agora, a poucos dias da votação, a poluição visual e sonora não é tão intensa como em outras eleições. Conforme as gráficas, a estratégia dos candidatos vem sendo investir nos santinhos, já que são produtos de menor valor.
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De acordo com Jeferson Schmechel, os candidatos justificam que a abordagem nesta eleição, por conta da exposição menor, é outra. “Eles estão cada vez mais usando os santinhos quando fazem corpo a corpo, pelos bairros e nas ruas, quando falam com as pessoas. É a opção que eles têm agora”, disse o proprietário da Garten Sul.
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