I
Uma das vitrines da eficiência da agropecuária familiar na região é o espaço assegurado anualmente para comercialização dos produtos agroindustriais na Expoagro Afubra. A oportunidade deve ser assegurara agora. Estão abertas até o dia 23 de novembro as inscrições para as agroindústrias que quiserem expor e comercializar seus produtos durante a 18ª edição da feira que ocorre de 20 a 22 de março de 2018 em Rincão Del Rey, Rio Pardo. A inscrição só será aprovada após validada pela comissão organizadora composta pela Afubra, Fetag, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e Emater/RS.
II
Para participar a empresa deve estar em acordo com os critérios de seleção determinados pelos organizadores: inclusão no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf); preencher corretamente todos os campos da ficha de inscrição, em especial relacionados aos produtos que serão comercializados na feira; ter sua condição de legalidade tributária, sanitária e ambiental em conformidade com a legislação em vigor; o porcentual de homologação de inscrições de artesanato, plantas e flores não poderá ser superior a 25% do total das inscrições, sendo prioridade o artesanato rural; e o expositor só poderá comercializar sua própria produção.
Atenção
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Os organizadores alertam que caso o número de inscrições exceda os espaços disponíveis, serão adotados critérios de seleção com prioridade na participação empreendimentos locais, regionais, primeira participação na feira, produtos diferenciados e expositores que não possuem outro espaço de comercialização na feira. A novidade na próxima edição deve ser o novo pavilhão que receberá as agroindústrias.
Recorde
Em 2017 a movimentação na área das agroindústrias bateu um recorde de R$ 630 mil comercializados. O crescimento foi de 21% em relação a 2016. Durante três dias, 149 estandes ofereceram produtos coloniais, artesanato, plantas e flores. Melado, biscoitos, cucas, cachaça, vinhos, pães, doces, conservas, queijos e salames lideraram as vendas, além de artesanatos como enfeites para cuias, carrinhos de madeira e facas lideraram as vendas.
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Peso em Real
Estudo da Farsul confirma o que todo mundo já sabia. A pesada carga tributária e a margem de lucro das empresas de insumos, máquinas e implementos do Brasil encarecem a produção agrícola nacional. Arroz, milho, soja e trigo produzidos aqui chegam a ser 2 vezes mais caros do que nos países vizinhos.O Brasil permite a importação dos grãos, mas impede os agricultores brasileiros de importarem os mesmos insumos agropecuários, alguns dos quais são proibidos no país. A diferença de um mesmo defensivo – com o mesmo princípio ativo e fórmula – chega a ser de 440%. Do glifosato, por exemplo, chega a ser o dobro de preços aqui frente ao Uruguai e Argentina.
Às quietas
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Ações da força tarefa especial da Polícia Civil voltada a combater o abigeato vem dando resultados. Uma série de prisões ao longo de 2016 e 2017 acalmaram o alto volume de roubos e furtos de animais. É corrente a expectativa de que a aproximação das festas de ano novo intensifique a ousadia dos abigeatários.
Preço do tabaco
Pelo acordo e a legislação vigente, até o final de novembro deve ser calculado o custo das lavouras de tabaco no Sul do Brasil e abertas as tratativas para formalização dos preços referenciais. O presidente da Afubra, Benício Werner, espera as primeiras propostas até o final de novembro e um reajuste que permita ao fumicultor cobrir os custos de produção, garantir renda e capacidade de investimento na propriedade.
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Garantia de qualidade
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O engenheiro agrônomo e assessor do SindiTabaco, Darci José da Silva, comemora a evolução significativa da qualidade da água nos mananciais da região nas últimas décadas, recentemente reafirmada por análises químicas e estudos de cientistas de ao menos duas universidades. Segundo ele, as técnicas preservacionistas adotadas nas lavouras de tabaco ao longo do tempo, dentro de um conceito de busca da sustentabilidade ambiental – desde o plantio direto e recolhimento de embalagens até o reflorestamente e recuperação das fontes – têm sido fundamentais para esta realidade.
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Alguns países da Europa têm adotado critérios de avaliação e exigência de certificação da qualidade da água na região de produção de alguns alimentos e produtos industrializados para permitir acesso aos seus mercados. Silva acredita que essa exigência pode chegar ao tabaco num futuro bem próximo, mas graças ao alto nível dos segmentos de pesquisa e extensão das empresas, o perfil da produção do Sul do Brasil e um trabalho forte das entidades setoriais não será um problema.
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Para Darci José da Silva, este pode ser um ponto diferencial em favor do Brasil diante dos concorrentes internacionais. “Estamos muito a frente”, avisa. Para ele, a maior exigência pela sustentabilidade é do próprio setor, do agricultor cada vez mais consciente, do assistente técnico da empresa que é treinado e transfere este conhecimento com maestria, das empresas que apoiam e têm projetos neste sentido e das próprias entidades da cadeia produtiva que trabalham muito a educação ambiental e o manejo sustentável não só do tabaco, mas do conjunto da propriedade e das microbacias.