Embora a Câmara de Vereadores tenha aprovado nesta semana uma lei que abre caminho para a implantação da internet de quinta geração em Santa Cruz, ainda pode demorar mais de cinco anos para o 5G funcionar a pleno no município. Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o prazo previsto no leilão das faixas de frequência, realizado em novembro do ano passado, é 31 de julho de 2027.
O padrão 5G é muito aguardado por garantir um ganho significativo de velocidade. Atualmente, a tecnologia já é oferecida em 37 cidades brasileiras, mas sem todo o potencial prometido, porque são utilizadas por enquanto as frequências da rede 4G. Apenas no segundo semestre começará a ser usada a faixa de frequência que foi disponibilizada no leilão e é propícia para a implementação do 5G “pleno”.
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O edital do leilão, no entanto, estabeleceu um cronograma para essa implementação. Até o próximo dia 31 de julho, por exemplo, serão atendidas apenas as capitais e o Distrito Federal. Em um segundo momento, está prevista a ampliação gradativa da rede nessas regiões e só depois outros municípios terão obrigatoriamente que ser incluídos. O prazo de 2027 é para cidades com população entre 100 mil e 200 mil habitantes, enquanto a projeção para atender 100% dos municípios com mais de 30 mil habitantes é até julho de 2029. Em relação aos municípios menores, os prazos começam em dezembro de 2026 e vão até dezembro de 2029.
No site da Anatel, é possível consultar os compromissos assumidos pelas operadoras para cada município. Em Santa Cruz, as empresas Claro, Tim e Vivo precisarão, dentro desse prazo, implantar, no mínimo, o equivalente a uma antena para cada 15 mil habitantes na zona urbana.
A agência esclareceu que esses prazos não configuram metas, mas sim limites, o que significa que as operadoras podem oferecer antes. Questionadas pela Gazeta do Sul, Vivo e Tim informaram apenas que cumprirão o cronograma estabelecido pela Anatel, sem nenhuma previsão específica para Santa Cruz. A Claro não respondeu.
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O edital ainda prevê a implantação de rede 4G em quatro localidades do interior de Santa Cruz do Sul. A Claro terá de oferecer a tecnologia em Boa Vista, enquanto a Tim vai atender Alto Paredão, São Martinho e Saraiva. A implantação será gradativa, a partir de dezembro de 2023, com previsão de conclusão em 2028.
Atualmente, de acordo com a Anatel, Santa Cruz possui 64 antenas de 4G, tecnologia que responde pela maior parte dos acessos no município. A operadora com o maior número de antenas é a Vivo (21), seguida pela Tim (18), Claro (13) e Oi (12) – cujos clientes no Rio Grande do Sul migrarão para a Tim porque a empresa deixará de atuar no serviço de telefonia móvel. No interior, são apenas três antenas, em Rio Pardinho e Monte Alverne.
A lei aprovada na segunda-feira pela Câmara retirou um dispositivo que impede que antenas sejam instaladas a menos de 500 metros umas das outras. Isso porque o 5G exige uma densidade maior de antenas, já que a propagação é menor.
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A principal diferença é uma velocidade muito maior. Porém, diferentemente das tecnologias 2G, 3G e 4G, o foco da internet de quinta geração vai além da demanda por tráfego para comunicação pessoal. A tecnologia deve pavimentar o caminho para a expansão da chamada “internet das coisas”. Isso significa que, com o 5G, cada vez mais elementos, como objetos e até animais, estarão conectados à internet. Isso será possível graças à inteligência artificial e ao surgimento de versões extremamente miniaturizadas de computadores.
No Rio Grande do Sul, só em Porto Alegre e Bento Gonçalves. Ao todo são 37 cidades, a maioria no Sudeste. A versão oferecida pelas operadoras, porém, não tem toda a potência do 5G, porque utiliza frequências do 4G. O 5G “pleno” – ou seja, com as faixas leiloadas em novembro do ano passado – só será oferecido a partir do segundo semestre deste ano.
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Será preciso comprar um celular que suporte a tecnologia. Por enquanto, os modelos disponíveis custam mais caro, mas a tendência é de que os preços baixem à medida que a tecnologia se dissemine.
Mesmo com o início da oferta do 5G, as operadoras devem seguir ampliando a rede de 4G, sobretudo em regiões onde há carências de cobertura de internet móvel. Não por acaso, o edital também prevê investimentos no interior de Santa Cruz.
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