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CONTROLE

Operação que investiga irregularidades na Prefeitura de Santa Cruz completa cinco meses

Foto: Ronaldo Falkenback

Operação Controle - Afastamento do Elstor Desbessell e outros - Foto Ronaldo Falkenback (5)

Operação Controle foi deflagrada em 14 de novembro do ano passado | Foto: Ronaldo Falkenback

Uma das maiores operações já realizadas em Santa Cruz continua em apuração pelo Ministério Público. O trabalhou começou em junho de 2022. A investigação analisa atuação de dois núcleos, um político e outro empresarial, dentro da Prefeitura, com o objetivo de direcionar e fraudar licitações. Em 14 de novembro do ano passado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul desencadeou a Operação Controle.

Na oportunidade, foram cumpridas 139 ordens judiciais contra os investigados. A ação incluiu 46 mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e valores no total de mais de R$ 47 milhões, pagamento de fianças de aproximadamente R$ 1,4 milhão, além da indisponibilidade de 28 veículos e três embarcações, sequestro de dez imóveis, afastamento das funções públicas de dez agentes e proibição a seis empresas de contratarem com o Poder Público.

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Também foram determinados os afastamentos, por seis meses, de cinco secretários municipais em Santa Cruz na época: Elstor Desbessel, da Saúde; Valmir José dos Reis, da Segurança e Mobilidade Urbana; Márcio Martins, do Desenvolvimento Econômico e Turismo; Edemilson Severo, da Administração; e Everton Oltramari, do Planejamento e Governança. Outro afastado foi Henrique Hermany, até então, líder do governo na Câmara de Vereadores. Todos, de acordo com o Ministério Público, são suspeitos de envolvimento nos crimes e tiveram restrições patrimoniais por supostas fraudes em licitações, desvios de valores e lavagem de dinheiro.

As investigações envolveram a reforma e pavimentação do Autódromo Internacional de Santa Cruz e a duplicação da BR-471, além de contratos de aluguéis de secretarias municipais. Além dos secretários e do vereador, foram afastados quatro servidores. A operação ainda focou cinco empresários e seis empresas. O prazo dos afastamentos é de seis meses e termina em maio. Até lá, o Ministério Público precisa se manifestar sobre um eventual pedido de ampliação do prazo ou não. Nesse período, os promotores responsáveis pelo caso têm optado por permanecer em silêncio sobre o andamento da apuração. Com isso, não existe clareza se o trabalho vai ser concluído até o mês que vem.

A partir da conclusão das investigações, o Ministério Público pode formalizar uma denúncia contra os envolvidos ao poder judiciário. Se isso acontecer, eles passam por um processo que pode culminar na condenação dos investigados pelos eventuais crimes cometidos contra o erário público.

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