Em mais uma fase da Operação Feudalismo, o Ministério Público de Santa Cruz denunciou uma ex-vereadora de Santa Cruz por suposto esquema de captação de salários de servidores na Câmara. Solange Finger (PSD) é alvo de duas ações ajuizadas nessa terça-feira, 6.
Solange vinha sendo investigada pelo menos desde o ano passado pela Promotoria de Defesa Comunitária. A Gazeta do Sul apurou que, além da ex-parlamentar, que foi presidente da Câmara em 2015, as denúncias envolvem o marido dela, Oscar Olinto da Rocha. Ambos podem responder por improbidade administrativa e crime de concussão. Os processos foram protocolados na terça-feira e distribuídos para a 1ª Vara Criminal e para a 2ª Vara Cível.
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Essa é o quinto desdobramento da Operação Feudalismo em pouco mais de dois anos. A primeira fase foi deflagrada em junho de 2019 e teve como alvo o então vereador Paulo Lersch, à época filiado ao PT, que renunciou ao cargo e em janeiro de 2020 foi condenado em primeira instância por concussão e coação. Depois, a investigação atingiu Elo Schneiders (PSD), Alceu Crestani (PSD) e André Scheibler (PSD) – os três tiveram os mandatos cassados pela Câmara e respondem a ações tanto na esfera criminal quanto na esfera cível.
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Afastada da cena política desde que deixou a Câmara, no fim do ano passado, Solange iniciou a carreira no PTB e foi, por vários anos, ligada à deputada estadual Kelly Moraes. Elegeu-se vereadora em 2012 e, no meio do mandato, aliou-se ao então prefeito Telmo Kirst. Em 2016, migrou para o Solidariedade. Naquele ano, não se reelegeu, mas ficou como suplente da bancada e acabou assumindo como titular por quase três anos. Depois, chegou a ser secretária municipal de Cultura e, já em 2020, transferiu-se para o PSD. Na última eleição, não concorreu.
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No início da noite desta quarta-feira, a defesa da ex-vereadora divulgou a seguinte nota:
O advogado Ezequiel Vetoretti, que defende Solange Finger e outros três ex-vereadores na Operação Feudalismo, disse observar que a inicial apresenta algumas contradições em relação às outras acusações anteriormente ajuizadas pelo Ministério Público, bem como trata situações idênticas de forma completamente distintas. No entanto, qualquer manifestação acerca do mérito da ação seria precipitada e em nada contribuiria para o esclarecimento dos fatos. Uma acusação desta natureza normalmente inicia dilatada e, apenas com a companhia experiente do tempo, acaba adquirindo o seu tamanho normal, com o esclarecimento de pontos e o afastamento de acusações infundadas. Em respeito ao Juízo, nos manifestaremos no único, legitimo, democrático e adequado ambiente que é o processo.
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